G5 Sael: França vai apoiar força regional anti-terrorista
Cinco países,Mali ,o Burkina Faso, a Mauritânia, o Chade e o Níger estão reunidos em Bamako sob o beneplácito da França para a criação de uma força regional direccionada para o combate ao jiadismo no Sael. Presente nesta cimeira do G5 -Sael, o Presidente francês,Emmanuel Macron prometeu o apoio financeiro da França à nova força, que deverá estar operacional a partir do mês de Outubro.Perante a criação da força saeliana , não se sabe ainda qual será o futuro papel dos militares franceses da operação Barkhane, iniciada em 1 de Agosto de 2014.
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Ouvir - 01:25
A cimeira do G5-Sael em Bamako , na qual participam o Mali, o Burkina Faso,a Mauritânia, o Chade e o Níger, bem como a França, visa relançar a luta contra o jiadismo na região limítrofe entre o Sael e a África subsaariana, através da criação de uma força regional. O Presidente Emmanuel Macron, prometeu o apoio financeiro da França a força do G5-Sael, numa primeira fase com 8 milhões de euros. Todavia o seu homólogo maliano, Ibrahim Boubacar Keita, sublinhou que a França não deve ser o único país a assumir o fardo do combate ao terrorismo jiadista.
Segundo os analistas, a cimeira de Bamako, para além da criação da força regional , tem precisamente como objectivo pôr um termo ao isolamento da França na luta contra o terrorismo jiadista , numa faixa territorial tão extensa como metade da Europa ocidental.O G5-Sael é visto também, como uma forma de apelar aos outros membros da União Europeia, para que assumam as suas responsabilidades, no que toca nomeadamente ao financiamento das operações contra o terrorismo islamista no Sael. Paris deverá convencer Berlim, que é do interesse de toda a União Europeia, contribuir para o financiamento da força saeliana , cujo início das operações está previsto para Outubro próximo.
A criação da força regional anti-terrorista deveria levar a redefinição do papel dos militares franceses envolvidos na operação Barkhane lançada em 1 de Agosto de 2014. O Mali já se manifestou a favor da continuidade da operação Barkhane,como mecanismo de apoio às operações da nova força africana anti-jiadista.
O Presidente Macron congratulou-se igualmente por saber que a francesa Sophie Pétronin ,refém de um grupo jiadista na região do Sael, continua viva , mas não deu detalhes sobre o dispositivo visando libertá-la. Emmanuel Macron qualificou os jiadistas que detêm Pétronin, de terroristas, vadios e assassinos, frente aos quais a França recorrerá aos meios necessários para neutralizá-los.
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