Argélia: legislativas e início da era pós-Bouteflika
Os argelinos são chamados, esta quinta-feira, às urnas para escolher 462 deputados. Para esta primeira eleição, desde o início do quarto mandato de Abdelaziz Bouteflika e dos problemas de saúde do chefe de Estado, a taxa de participação será a grande desafio.
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Com estas eleições legislativas as autoridades pretendem mostrar que as instituições democráticas funcionam e que os argelinos continuam a confiar no sistema político. Os responsáveis políticos querem ir além dos 43% da taxa de participação registada em 2012 e pediram a participação de todos os membros do governo.
A missiva foi aceite e ao longo da campanha, o ministro da Comunicação boicotou a palavra aos defensores da abstenção, o minsitro do Interior anunciou que um homem, que tinha criticado a campanha eleitoral, foi apresentado diante da justiça e o primeiro-ministro sugeriu às mulheres que batam aos maridos que não queiram ir votar.
Contudo, apesar da forte campanha de comunicação e na qual estão implicadas estrelas da música, dos desporto e dos media, os cerca de 23 milhões de eleitores que estão chamados hoje às urnas mostravam-se reticentes. Nas primeiras horas desta manhãera residual, apenas 4,13% dos eleitores tinha ido votar.
O partido histórico da Frente de Libertação Nacional, do qual Abdelaziz Bouteflika é o presidente honorário, deve, sem supresa, conquistar a maioria dos votos.
Esta eleição acontece num contexto inédito. Trata-se da primeira eleição desde a queda do preço do barril do petróleo e os resultados podem desenhar o início da era pós-Bouteflika.
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