Sudão do Sul declara estado de fome
O governo do Sudão do Sul declarou esta segunda-feira que cerca de 5 milhões de pessoas carecem de ajuda alimentar em algumas regiões do centro e norte. Segundo as Nações Unidas a guerra civil e o colapso económico que se vive, há mais de três anos, são responsáveis pelo estado de fome no país.
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Pelo menos 5 milhões de pessoas carecem de ajuda alimentar no Sudão do Sul. O alerta foi dado pelo governo que declarou estado de fome em algumas regiões do centro e norte da mais jovem nação africana.
A situação de carência alimentar não é novidade no país. Nos últimos anos vários relatórios indicavam que dezenas de milhares de sul-sudaneses estavam expostas à insegurança alimentar, contudo estes números não eram suficientes para considerar a região em estado de fome.
Esta segunda-feira três organizações da ONU, UNICEF, FAO e PAM indicaram que 100 mil pessoas da região da Unidade correm o risco de vida, se não lhes for prestada ajuda alimentar, e pedem medidas urgentes para aquela que é já considerada a "pior catástrofe" da história recente do país.
De acordo com as Nações Unidas, a guerra civil associada ao colapso económico contribuíram para um aumento da taxa de inflação, até aos 800%, e prejudicaram a produção agrícola e os meios de subsistência nos meios rurais. Nas zonas urbanas a população vê-se a braços com o aumento do preço dos alimentos básicos.
Independente desde 2011, o Sudão do Sul está mergulhado desde Dezembro de 2013 numa guerra civil que já fez dezenas de milhares de mortos e mais de 3 milhões de deslocados, apesar da presença de 12 mil capacetes azuis no país.
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