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Costa do Marfim

Militares novamente em protesto na Costa do Marfim

Militares das forças especiais saíram às ruas de duas localidades da Costa do Marfim, esta terça e quarta-feira, disparando para o ar. O governo lamentou as formas de protesto violentas e garantiu ter iniciado negociações com os militares.

Militares das forças especiais na localidade de Adiaké, na Costa do Marfim. 7 de Fevereiro de 2017.
Militares das forças especiais na localidade de Adiaké, na Costa do Marfim. 7 de Fevereiro de 2017. REUTERS/Luc Gnago
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Pelo segundo dia consecutivo, militares das forças especiais sairam às ruas de Adiaké, 90 quilómetros a leste de Abidjan, na Costa do Marfim, disparando para o ar. Os soldados reclamavam bónus salariais.

O governo lamentou as formas de protesto violentas e garantiu ter iniciado negociações com os militares.

Ontem, os militares também saíram às ruas de Tengrela, cerca de 700 quilómetros a norte de Abidjan e próximo da fronteira com o Mali.

As forças especiais marfinenses são uma unidade de elite do exército que esteve na primeira linha a 13 de Março de 2016 aquando do ataque jihadista na estação balnear de Grand Bassan que fez 19 mortos. Estas forças são também as responsáveis da segurança do presidente Alassane Ouattara.

A Costa do Marfim foi palco, em Janeiro, de uma série de motins no seio das forças de segurança. Primeiro, foram antigos rebeldes integrados no exército que reclamavam o pagamento de bónus salariais. No entanto, ao aceder às reivindicações através do pagamento a 8500 membros da antiga rebelião que tinha controlado o norte do país entre 2002 e 2011, as autoridades criaram a revolta junto dos militares e guardas excluídos desse acordo financeiro. Estes foram, por seu turno, para as ruas e houve confrontos que causaram a morte a quatro pessoas em Yamoussoukro, no centro do país. As autoridades prometeram, então, “melhorar as condições de vida” de todas as forças de segurança.

Em 2016, a Costa do Marfim lançou uma lei de programação militar que prevê a modernização e a compra de equipamentos por 1,2 mil milhões de euros, assim como uma recomposição dos efectivos militares até 2020.
 

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