RDC: Diplomacia angolana presente na assinatura de acordo
Tem lugar hoje, em Kinshasa, a assinatura do acordo político entre o Governo da República Democrática do Congo (RDC) e a sociedade civil, prevendo o adiamento das eleições presidenciais para Abril de 2018. O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chikoty, assiste à cerimónia acompanhado por Joaquim do Espírito Santo, Director daquele Ministério para África.
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O "diálogo nacional" na RDC, em que não participou a oposição, deu "luz verde", nesta segunda-feira, ao acordo para adiar as eleições presidenciais para Abril de 2018. O acordo, aprovado em sessão plenária em Kinshasa, pretende manter no cargo o Presidente do país, Joseph Kabila, cujo mandato termina em Dezembro, e que a Constituição proíbe de se recandidatar.
O acordo prevê a criação de um novo Governo, com o posto de Primeiro-ministro, que deverá ser entregue a um membro da oposição, mas parece frágil, visto o principal grupo da oposição ter boicotado as negociações.
Recorde-se que a RDC vive há várias semanas momentos de instabilidade e protestos da população e oposição. Angola, cujo Governo de José Eduardo dos Santos é um aliado histórico de Joseph Kabila, chegou a retirar de Kinshasa a sua representação diplomática, devido à instabilidade e conflitos na capital congolesa.
No entanto, Luanda receberá, a 26 e 27 do corrente mês, uma cimeira de chefes de Estado africanos e quatro organizações internacionais, para abordar os recentes desenvolvimentos na RDC. Esta cimeira resulta do Acordo-Quadro para a Paz, Segurança e Cooperação na RDCongo e na região (assinado em 2013) e promovido pelas Nações Unidas, União Africana, SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) e Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos, esta última liderada por Angola.
RFI / LUSA
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