Cimeira Humanitária Mundial : " A Europa ignorou responsabilidades”

Decorre o segundo e último dia da inédita Cimeira Humanitária Mundial em Istambul que tem em vista a resolução da pior situação global em termos humanitários desde a Segunda Guerra Mundial. A Turquia que é hoje o país que acolhe mais refugiados,estima-se que sejam mais de 2,7 milhões.

Primeira Cimeira Humanitária Mundial, a realizar-se em Istambul RFI / Neidy Ribeiro

Na Cimeira Humanitária Mundial estão presentes mais de 125 países a debater a crise de refugiados que tem vindo a desestabilizar a Europa. O anfitrião da conferência, o Presidente turco  Recep Tayyip Erdoğan acusou a Europa de “ignorar as suas responsabilidades” quanto à Síria.

Em Istambul, a representar Moçambique está o ministro do turismo e cultura Silva Armando Dunduro.Moçambique viu, recentemente, suspensas as ajudas da Comunidade Internacional devido à dívida ocultada, uma situação que será resolvida nos próximos tempos.

"O que aconteceu foi, de facto, apenas uma não informação às instituições com as quais temos a dívida, mas penso que ao nível de governo se está a fazer um trabalho por forma a que, o mais rapidamente, voltemos à normalidade. Não penso que a questão foi apenas a de não termos essa cautela de apresentar, atempadamente, o que devíamos ao Banco Mundial e ao Fundo Mundial Internacional", afirmou o ministro do turismo e cultura Silva Armando Dunduro.

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Ministro do turismo e cultura moçambicano, Silva Armando Dunduro

O director-geral da Política Externa da Guiné-Bissau, Henrique Adriano da Silva, disse à RFI que a Comunidade Internacional aconselha o país a caminhar para a estabilidade sublinhando que a Guiné-Bissau está inserida "na CEDEAO, na União Africana, todos esses países são solidários com a Guiné-Bissau. Todo o mundo aconselha a Guiné-Bissau a caminhar para a estabilidade. É o conselho que eles dão, é a coragem que nos dão de ver a Guiné-Bissau estável. É a preocupação de toda a gente e de todos os guineenses".

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Director da política externa da Guiné-Bissau, Henrique Adriano da Silva

Em Istambul também está o antigo primeiro-ministro português, António Guterres, que está a aproveitar a Cimeira Humanitária das Nações Unidas para fazer campanha para a candidatura ao cargo de Secretário-geral das Nações Unidas.

António Guterres mostrou-se confiante e afirmou que é seu dever fazer tudo para criar condições necessárias para a candidatura "O meu entusiasmo aumenta todos os dias, agora isso não quer dizer que os problemas todos se resolvam porque é sabido que há um conjunto de critérios diversificado e que em relação a esses critérios há opiniões diferentes. Não é só o mérito que está em causa é o conjunto de aspectos a ponderar e que os Estados-membros ponderarão na altura devida".

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Antigo Alto Comissário da ONU para os refugiados, António Guterres