Fraca afluência no referendo constitucional no Senegal

5 milhoes de eleitores votaram hoje no Senegal, no referendo sobre a reforma constitucional proposta pelo presidente Macky Sall, que visa nomeadamente a redução de 7 para 5 anosdos mandatos presidenciais. 

Eleitores numa mesa de votos da escola de Biscuiterie em Dacar, por ocasião do referendo constitucional deste domingo, 20 de março Guillaume Thibault/RFI

Os senegaleses estiveram a votar, este domingo, 20 de março, no referendo sobre reformas constitucionais, que prevêem a redução do mandato do chefe do estado de 7 anos para 5 anos. 

Houve uma fraca participação neste referendo, que dividiu os cerca de 5 milhões de eleitores entre o SIM e o NÃO, sem dizer que houve muita violência durante a campanha.

E ainda este domingo, na altura das pessoas exercerem o seu direito de voto, havia relatos de violência, com o presidente Macky Sall, no momento em que votava, a apelar as pessoas a não praticar actos de violência e votarem na calma e em consciência, para depois, se trabalhar para o bem do país.

Por outro lado, a campanha foi ainda marcada com acusações de corrupção neste referendo desejado por Macky Sall, mas que acaba por pôr metade do eleitorado contra a sua pessoa.

Curiosamente, em caso do SIM, sair a ganhar, Macky Sall, não poderá fazer um terceiro mandato a partir de 2024, com a passagem do mandato presidencial de 7 para 5 anos e tendo como limite, apenas dois mandatos seguidos.

Até este momento, ainda não se conhecem tendências sobre os resultados deste referendo.

Oiçamos a crónica do nosso correspondente, em Dacar, Cândido Camará.

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Cândido Camará, correspondente em Dacar