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Tunisia

Recolher obrigatório estabiliza violência na Tunísia?

A primeira noite desta sexta-feira, 22 de janeiro, do recolher obrigatório, decretado pelas autoridades tunisinas, em várias cidades do país, decorreu normalmente, após os actos de violência dos últimos dias, com o ministério do interior uma certa calma.

Tunísia polícia tunisina utilizando gás lacrimogéneo em Kasserine, no centro do país, dispersando jovens manifestantes
Tunísia polícia tunisina utilizando gás lacrimogéneo em Kasserine, no centro do país, dispersando jovens manifestantes © REUTERS/Amine Ben Aziza
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Os tunisinos viveram esta sexta-feira, 22 de janeiro, a primeira noite de recolher obrigatório, depois das cenas de violência, dos últimos dias, em várias cidades do país, com jovens manifestantes, denunciando a crise e a injustiça sociais.

Esta situação de crise foi analisada este sábado, num conselho de ministros extraordinário, na capital Tunes, estando o primeiro-ministro, Habib Essid, juntamente, com os seus ministros, à procura de soluções, para a crise que atinge sobretudo jovens, grande parte deles, com estudos superiores, mas afectados, pelo desemprego de massa ou a pobreza.

De notar, que logo a seguir ao conselho de ministros, o chefe do governo tunisino, Habib Essid, viajou para Paris, tendo sido recebido no Eliseu, pelo Presidente francês, François Hollande.

No final do encontro, declarou à imprensa que a situação na Tunísia estava controlada. Já esta manhã, o ministério do interior tunisino, tinha declarou que a situação estava calma e estabilizada.

Paris, quer implementar um plano de apoio à Tunísia de cerca de mil milhões de euros nos próximos 5 anos, para favorecer o emprego e reforçar a democracia nesse país do norte de África, que atravessa dificuldades económicas e que falhou a sua chamada primavera árabe.

É neste enquadramento, que os  jovens manifestantes aguardam respostas do governo às suas preocupações, sobretudo, em matéria de desemprego e da pobreza.

Mas, ainda sobre o conselho de ministros extraordinário de Tunes, o governo tunisino, tinha também sobre a mesa, questões de segurança e defesa, para o enquadramento do recolher obrigatório instaurado, nomeadamente, em Kasserine, cidade do centro da Tunísia, onde começaram, precisamente, os conflitos da semana passada.

Nas cidades do país, os jovens manifestantes, continuam mobilizados e dispostos a relançar o movimento de contestação, com o argumento de que as suas reivindicações são legítimas.

Aliías, o próprio Presidente tunisino, Béji Caïd Essebsi, reconheceu ontem à noite, a legitimidade das reivindicações dos jovens, sublinhando não haver dignidade, sem emprego.

01:11

João Matos sobre situação na Tunísia

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