Senegal: retoma do processo de Hissène Habré
Hissène Habré foi de novo, esta segunda-feira, conduzido à força para o Tribunal especial que o julga em Dacar por crimes contra a humanidade, crimes de guerra e de tortura.
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Tal como há 45 dias Hissène Habré recusou hoje novamente comparecer no Tribunal especial de Dacar. O ex-presidente chadiano foi levado à força à instância onde é acusado de crimes contra a humanidade, crimes de guerra e de tortura. Actos que provocaram a morte, entre 1982 e 1990, a mais de 40 mil pessoas. Crimes passíveis de uma pena prisão de 30 anos ou de condenação perpétua a trabalhos forçados.
Hissène Habré está a ser julgado por um tribunal especial criado após um acordo concluído entre o Senegal e a União Africana, para contornar a sua comparência perante o Tribunal Penal Internacional.
O ex-presidente chadiano encontra-se detido há dois anos no Senegal, onde se refugiou em 1990 depois de ter sido derrubado pelo actual presidente Idriss Déby. Hissène Habré considera este tribunal ilegal, rejeitou os três advogados de defesa e gritou hoje perante o tribunal «abaixo o imperialismo».
Mais informações com o nosso correspondente em Dacar, Cândido Camará.
Correspondência de Dacar
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