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Nigéria

Boko Haram faz mais de 2,1 milhões de deslocados na Nigéria

A Organização Internacional para as migrações (OIM) divulgou hoje um relatório no qual dá conta que os sucessivos ataques do grupo islamita Boko Haram já causaram mais de 2,1 milhões de deslocados na Nigéria.

Viatura em Maiduguri (no Estado de Borno) depois de um ataque atribuído ao grupo islamico Boko Haram
Viatura em Maiduguri (no Estado de Borno) depois de um ataque atribuído ao grupo islamico Boko Haram AFP FOTO/STRINGER
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Segundo o relatório da OIM, o grupo islamita tirou a vida a mais de 1000 pessoas desde a tomada de posse do Presidente nigeriano Mahammadu Buhari.

"O governo de Buhari não pode enveredar tanto pela parte militar, tem de apostar pela parte social e económica e entrar mais em contacto com os governos locais para tentar afastar as pessoas daqueles meios. Não é por acaso que Boko Haram tenha aparecido no nordeste da Nigéria, esta é a região mais subdesenvolvida; com mais desemprego, com menos crianças nas escolas", explicou o investigador, do Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança (IPRIS), em Lisboa, Gustavo Plácido dos Santos.

O investigador analisou ainda os dados hoje divulgados pelo OIM que "são um resultado da intervenção regional que está a decorrer na Nigéria. Boko Haram tem agora pela frente uma coligação formada pelo Chade, Níger, Camarões, Benim e a Nigéria que representa uma ameaça que eles nunca enfrentaram antes. O Boko Haram está a recorrer, de novo, a tácticas de insurgência quando, antes da coligação entrar em cena, usavam tácticas de guerra de convencional".

Táctica de insurgência do grupo Boko Haram

Desde a intervenção da força regional da Nigéria com os países vizinhos, o grupo islamita Boko Haram tem vindo a atacar directamente as populações. O grupo ataca "as vilas e não tanto defrontar os exércitos de coligação directamente, mas ter como alvo as populações e tem um efeito psicológico muito grande tanto na cena política como na cena social nigeriana", explicou o investigador.

01:58

Investigador no IPRIS, Gustavo Plácido dos Santos

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