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República Democrática do Congo

Bosco Ntaganda declara-se inocente

Bosco Ntanganda declarou-se "inocente" esta quarta-feira na abertura do julgamento do Tribunal Penal Internacional, em Haia. Ntanganda é acusado de dezoito crimes de guerra e contra a humanidade, crimes que incluem a violação de crianças-soldado numa campanha de pilhagem e assassínio na província de Iuri, nordeste do Congo, no início do ano 2000.

Bosco Ntaganda, declara-se inocente diante do TPI
Bosco Ntaganda, declara-se inocente diante do TPI Reuters
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De pé e diante dos jurados Bosco Ntaganda declarou-se inocente dos 13 crimes de guerra e cinco crimes contra humanidade de que é acusado, atrocidades cometidos no incio dos anos 2000.

Taganda conhecido também como exterminador na altura em que comandava as forças patrióticas para a libertação do Congo começou a ser procurado pela justiça em 2006. No entanto, terá participado em vários conflitos em zonas próximas à fronteira ruandesa.

Uma testemunha descreveu um cenário dantesco ao encontrar a mulher e os seus filhos degolados. Este episódio está ligado às cerca de 5 mil vítimas que foram assassinadas entre 2002-2003, avançou a procuradora Fatou Bensouda. Atrocidades que foram felicitada por Ntaganda que qualificou, na altura, o autor da carnificina como um "homem a sério".

Em 2013, sozinho e sentindo-se ameaçado, Bosco Ntaganda foi o primeiro individuo a apresentar-se voluntariamente diante da justiça depois de se ter entregado voluntariamente na embaixada norte-americana no Ruanda em Kigali.

Na abertura do processo, Fatou Bensouda declarou que a acusação acredita que Bosco Ntaganda deus ordens aos seus homens para atacar, roubar, violar perseguir e matar civis das etnias Lendu, Ngiti e de outros grupos. A procuradora disse ainda que centenas de crianças foram recrutadas pelas Forças Patrióticas para a Libertação do Congo e pela União dos patriotas congoleses, que foram utilizados para matar e serem mortos em combate. Entre estas crianças, as meninas eram constantemente violadas.

Este processo é visto como teste para a nova equipa de magistrados formados pela Fatou Bensousda. O Tribunal Penal Internacional, constituído em 2002 para julgar os crimes internacionais tem sido acusado de julgar apenas os líderes africanos.

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