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Mali

Quatro mortos em ataque contra um hotel no Mali

Esta sexta-feira, um ataque contra um hotel na cidade de Sévaré, no centro do Mali, provocou a morte a, pelo menos, quatro pessoas. Glória da Silva, residente em Bamako, manifestou-se muito preocupada com o aumento de insegurança no país, nomeadamente, na capital.

Sévaré, Mali
Sévaré, Mali Google Maps
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O hotel "Le Byblos" em Sévaré, no centro do Mali, é frequentado por funcionários da Minusma, a força de manutenção da paz das Nações Unidas. De acordo com fonte militar maliana, o ataque provocou quatro mortos, incluindo dois soldados malianos e um atacante. Ao início da tarde, as informações divulgadas pelas agências internacionais chegaram a apontar a existência de sete mortos.

Segundo a agência France Presse, pelo menos cinco estrangeiros – três sul-africanos, um francês e um ucraniano – estavam registados no hotel e vários testemunhos apontam para uma tentativa de tomada de reféns. A cidade fica perto do Norte do Mali, onde foram raptadas várias pessoas.

Sévaré é uma cidade estratégica a uma dezena de quilómetros de Mopti e a cerca de 640 quilómetros de Bamako.

Este ataque é o terceiro em menos de uma semana no Mali, após dois atentados contra militares a 1 de Agosto, em Ségou, também no centro do país, e a 3 de Agosto em Timbuktu, no noroeste.

 

Testemunho do Mali

Glória da Silva, residente em Bamako, está muito preocupada com o aumento de insegurança no país, nomeadamente, na capital.

Já há mais de um mês que ando aqui a ver que isto está-se a degradar de dia para dia. Segurança em Bamako não há nenhuma neste momento”, descreveu a portuguesa à RFI.

A empresária acrescentou que está no centro da cidade há oito anos e que tem “menos segurança em Bamako que tinha há um ano”, sublinhando que “os hipermercados que estavam atulhados de brancos sempre a fazer compras, neste momento têm as geladeiras completamente paradas porque não têm clientes” uma vez que “os brancos andam todos escondidos na cidade” por temerem ser visados pelos extremistas.

Com a rebelião que houve no norte, estes tuaregues abriram a comporta de tudo quanto é terrorista para este país... E depois vêm de mota por aqui fora... Não acredito que o façam de graça, fazem-no com algum dinheirinho já na conta porque ninguém se mata por Alá, tudo se mata por dinheiro. São fáceis de comprar”, afirmou.

Esta manhã, Glória da Silva ligou para uma pessoa residente em Sévaré que foi ao local ver o que tinha acontecido. Oiça aqui o relato.

04:46

Glória da Silva, Residente em Bamako

 

 

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