Greve dos professores cabo-verdianos
Os docentes reclamam um conjunto de reivindicações que o Governo considera ultrapassadas. A paralisação foi convocada pelos dois principais sindicatos dos docentes, o Sindicato Nacional dos Professores e a Federação Cabo-Verdiana dos Professores.
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Cerca de 90% dos professores cabo-verdianos iniciaram esta terça-feira uma greve de dois dias. Os dados são do Sindicato Nacional dos Professores e da Federação Cabo-Verdiana dos Professores, os sindicatos que lideram a paralisação dos docentes.
Os professores dos níveis de ensino básico e secundário reivindicam a progressão na carreira, subsídio pela não redução da carga horária, entrada no quadro profissionalizado e conclusão de novos estatutos e plano de cargos, carreiras e salários.
A ministra da educação acusou os professores de estarem a fazer política com a greve nacional porque, segundo Fernanda Marques, a paralisação acontece no ano que antecede as eleições legislativas.
Os docentes já reagiram. Uma professora, ao microfone da RFI, aponta um alegado caso de favorecimento feito pela ministra da educação: "Foi dito que após a nossa formação tínhamos a requalificação, mas isso não acontece, enquanto que houve casos que saindo da mesma turma, houve requalificação logo a seguir e ainda não tínhamos o diploma. Injustiça."
Para Nélson Cardoso, do Sindicato Nacional dos Professores, a luta é para continuar. "A luta apenas começou. Anunciou-se a luta, e ontem publicaram mais 360 entradas no quadro, no sentido de desmobilizar a unidade dos professores".
A greve dos professores prossegue amanhã até as 19 horas.
Mais pormenores com o nosso correspondente em Cabo Verde, Odair Santos.
Correspondência de Odair Santos
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