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Angola

Polícia agride jornalista angolano

O jornalista da Voz da América, Manuel José, foi agredido pela polícia na passada segunda-feira, as autoridades terão justificado a acção com o facto de o terem confundido com um marginal que é procurado no país. O jornalista que já apresentou queixa junto da polícia. 

Polícia agride jornalista angolana
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Na passada segunda-feira quando se deslocava para o local de trabalho, no município de Viana, Manuel José foi abordado pela polícia " apontaram-me as armas, pediram-me que me deitasse no chão, um dos elementos pisou-me nas costas e algemou-me as mãos ". O jornalista da Voz da América perguntou aos polícias o porquê de estar a ser agredido mas as autoridades não responderam "mandaram-me calar a boca, disseram que era um bandido e sendo eu um bandido disse, por favor tirem-me só os meus documentos, para dizer quem era, mas eles ignoraram e continuaram a maltratar-me".

Entretanto, segundo relata o jornalista, terá aparecido no local um polícia que não estava armado e terá dito que não se tratava da pessoas que eles procuravam tendo sido de seguida levado para a esquadra onde terá permanecido mais de uma hora num interrogatório interminável até que apareceu um elemento da polícia à civil " disse estão aqui os seus haveres, entregou-me a pasta, o computador, o gravador e perguntou-me se me faltava alguma coisa eu disse que me faltava a agenda, mas eles disseram que não tinham visto a agenda".
A explicação apresentada pela polícia foi de que terão confundido Manuel José com um marginal que é actualmente procurado pelas autoridades angolanas, esclarecimentos pouco válidos para o jornalista que já apresentou queixa na polícia "já tenho um advogado e vou apresentar uma queixa-crime junto da Procuradoria-Geral da República".

01:29

Manuel José, jornalista da Voz da América

 

O sindicato de jornalista também já reagiu a este episódio e em entrevista à RFI, a presidente do Luísa Rogério disse repudiar este acto, acrescentado que e já enviaram uma carta a pedir explicações " pedimos ao comandante provincial de Luanda que mande averiguar o que é que terá realmente passado, para nós é uma atitude extremamente grave, sem qualquer justificação...porque realmente ser jornalista e perigoso".

00:56

Luísa Rogério, presidente do Sindicato dos Jornalistas de Angola

 

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