Exéquias de futebolista luso-moçambicano Eusébio com dimensão mundial
Eusébio foi hoje a sepultar no cemitério lisboeta do Lumiar. Um dos melhores jogadores de futebol do século passado, nascido em Moçambique, e consagrado no clube português do Benfica. As homenagens vieram de todo o planeta. Já se equaciona a ida dos seus restos mortais para o panteão.
Publicado a:
"The king" (O rei), "Pantera negra"... muitas designações para a derradeira homenagem a um mito do futebol mundial.
Eusébio da Silva Ferreira nascido na então Lourenço Marques (actual Maputo) a 25 de Janeiro de 1942 faleceu ontem de paragem cardio-respiratória.
Conquistou a Bola de ouro em 1965 e duas botas de ouro (1967/68 e 1972/73). No Campeonato do mundo de Inglaterra de 1966 foi considerado o melhor jogador e melhor marcador (nove golos) e propulsou Portugal para o terceiro lugar da competição.
A sua história confunde-se com a do clube lisboeta do Benfica e tornou-se num ídolo de duas nações: Portugal e Moçambique, independente em 1975, mas granjeou adeptos muito além, no mundo lusófono e em todo o planeta.
Eusébio foi hoje a sepultar após uma missa na Igreja do Seminário e uma homenagem rendida nos Paços do Concelho da capital portuguesa.
O cortejo fúnebre percorrera as ruas do centro de Lisboa proveniente do Estádio da Luz onde Eusébio tem uma estátua com a sua imagem.
Cumprindo o seu desejo o caixão do Pantera negra deu uma volta ao recinto perante o fervor dos muitos milhares de benfiquistas e adeptos do craque.
Joana Carvalho Fernandes, em Lisboa, deu-nos conta do ambiente em que decorreram as exéquias deste ícone planetário.
Correspondência de Lisboa
Nelson Carvalho, presidente da Casa do Benfica em São Tomé e Príncipe, entrevistado por João Matos, recorda Eusébio como sendo uma das maiores figuras do mundo.
Nelson Carvalho, presidente da Casa do Benfica em São Tomé e Príncipe
A emoção colectiva vivida em Portugal levou já a que forças políticas, caso do Partido socialista e do Partido social-democrata, pedissem que os seus restos mortais fossem transferidos para o Panteão.
Este o recinto onde está sepultada uma amiga sua, outro ícone luso, a fadista Amália Rodrigues, que Eusébio começou por lembrar no excerto de uma entrevista sua ao canal televisivo português Sic, em Janeiro de 2012.
Eusébio em entrevista à SIC, Janeiro de 2012
De realçar que os chefes de Estado cabo-verdiano, guineense, moçambicano e são-tomense expressaram o seu pesar pela morte desta lenda do futebol português.
O primeiro-ministro luso, Pedro Passos Coelho, apresentou mesmo condolências à nação moçambicana, um símbolo que une Portugal e Moçambique.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro