Angola e França apostadas em nova era de cooperação
A visita desta quinta-feira a Luanda do chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, vincou o desejo de reaproximação de Angola e da França, após os desentendimentos em torno do chamado caso "Angolagate". O presidente angolano, José Eduardo dos Santos, terá desde já confirmado que irá visitar França no próximo ano.
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O caso "Angolagate" e a o julgamento em França em 2008 de figuras implicadas na venda de armas a Angola em 1994, em plena guerra civil angolana, suscitara muita polémica entre os dois países e teria estado na origem de uma grande desconfiança mútua.
Hoje em Luanda o ministro francês dos negócios estrangeiros frisou que os desentendimentos ficaram para trás e que ambas as partes estão apostadas em ir mais longe na cooperação, económica, mas também nas áreas do desenvolvimento sustentável e da formação.
Laurent Fabius
Já o seu anfitrião, Georges Chikoti, com quem passaram em revista os grandes temas africanos e internacionais, enalteceu o novo espírito da cooperação bilateral, nomeadamente a possibilidade de supressão de vistos em passaportes diplomáticos.
Georges Chikoti
A França, nomeadamente através da empresa petrolífera Total, está presente há longos anos em Angola onde teria, no entanto, perdido terreno em relação a outros gigantes do sector.
Uma situação que as autoridades francesas pretenderiam rever com a aposta numa aproximação com Luanda.
Com a colaboração de Gaëlle Laleix em Luanda
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