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ÁFRICA DO SUL

Mina sul-africana em busca de normalização

Nesta terça-feira, a tensão foi menor na mina sul-africana de Marikana, cinco dias após o massacre policial de 34 mineiros. Sob pressão política, a exploradora Lomnin renunciou ao ultimato de despedir os mineiros que continuaram em greve. A Ministra do Trabalho de Moçambique já não se reunirá com os mineiros moçambicanos.

3000 mineiros continuam à espera de concessões salariais
3000 mineiros continuam à espera de concessões salariais REUTERS
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Depois de ter ameaçado com o despedimento os mineiros que continuassem, nesta terça-feira, a sua acção grevista, a Lomnin recuou nos seus propósitos. Sob pressão do presidente sul-africano Jacob Zuma, a empresa exploradora da mina de Marikana desistiu de sancionar os grevistas que se ausentem durante a semana de luto nacional encetada esta segunda-feira.

Dos cerca de 28 mil trabalhadores, três mil continuaram a reinvidicar aumentos salariais e pretendem fazê-lo até verem as suas exigências satisfeitas. Não se registam por ora sinais de concessões da parte da Lonmin.

A intervenção em hora de urgência da parte do poder político não deixou de gerar polémica dado que as tensões sociais que abalam a indústria mineira já vêm de alguns meses a esta parte. O ex-líder da juventude do Congresso Nacional Africano (ANC), Julius Malema, solidarizou-se com a luta mineira e abriu um processo contra a polícia sul-africana.

Finalmente, a Ministra moçambicana do Trabalho, Maria Helena Taipo, já não se deslocará à África Sul para se reunir com os mineiros moçambicanos pois tal poderia ser interpretado por Pretória como uma ingerência nos seus assuntos internos.

Mais informações com João de Sousa, nosso correspondente em Pretória.

01:13

Correspondência de João de Sousa

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