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Economia/França

Airbus: fim da construção de A380

Práticamente há 30 anos, a firma Airbus Industries concebia o Airbus 380, superjumbo, destinada a transportar centenas de passageiros para as capitais mais longínquas do mundo. Todavia as realidades económicas do novo milénio sobrepuseram-se ao sonho do grande projecto tecnológico europeu e Airbus industries foi obrigada a renunciar ao avião A-380. Uma vez entregue aos clientes os dois últimos Airbus 380, o consórcio europeu substituirá o superjumbo pelo novo Airbus-350 que segundo os especialistas disporá da mesma capacidade de transporte.

Um Airbus 380 descolando do aeroporto Toulouse-Blagnac, no sudoeste de França  27 de Abril de 2005 .
Um Airbus 380 descolando do aeroporto Toulouse-Blagnac, no sudoeste de França 27 de Abril de 2005 . Photo: Lionel Bonaventure/AFP
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Depois do seu lançamento há 11 anos, a direcção do consórcio europeu Airbus Industries, decidiu pôr termo a construção do Airbus-380, por razões de natureza económico. O avião, superjumbo, europeu destinado a competir com o Boeing 747, foi confrontado com as turbulências económicas do mundo actual, que tornaram a sua viabilidade comercial um fracasso.

Os argumentos dos dirigentes de Airbus Industries ,segundo os quais o Airbus-380 representava uma nova maneira de viajar no futuro, não convenceram as companhias aéreas.

A falta de capacidades aeroportuárias e sobretudo a penúria de passageiros , insuficiente para rentabilizar o avião de dois andares, acabou por convencer a firma Airbus Industries que a sua estratégia comercial fracassara, perante as necessidades reais das companhias aéreas.

Na impossibilidade de investirem em capacidades aeroportuárias, várias companhias optaram pelo modelo 787 Dreamliner da Boeing.

Numa entrevista ao diário francês Le Figaro, o presidente da Airbus Industries, Tom Enders, que termina o seu contrato, sublinhou que a decisão de fabricar o Airbus-380 era arriscada, porque não se sabia qual seria a situação do mercado aeronáutico 20 anos depois.

Todavia, alguns analistas consideram ser um erro, insistir somente no fracasso comercial do A380, porque a construção do avião europeu contribuiu para inovações em matéria de exploração aeroespacial.

Segundo ainda os especialistas, a crise financeira global de 2007-2008 teve uma incidência particular nas decisões das companhias aéreas, que perante o impacto negativo restringiram as possibilidades de investimento.

O avião A380, adquirido essencialmente por companhias do Médio Oriente e congéneres asiáticas, foi também confrontado com as dificuldades dos grandes transportadores aéreos em ocupar as várias centenas de lugares do superjumbo europeu.

Airbus industries anunciou na quinta-feira, que os dois últimos A-380 em construção serão entregues em 2021. O A380 será substituído pelo novo modelo de longo curso, o A-350, com capacidade idêntica de transporte.

 

No plano comercial o A350 competirá com o 787 Dreamliner da Boeing americana.

 

 

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