França: confrontos entre coletes amarelos e polícia
Prosseguiram neste sábado, em toda a França, as manifestações dos coletes amarelos, que qualificaram este dia de "terceiro acto" do seu movimento de protestos contra a política do executivo de Emmanuel Macron. O primeiro-ministro Edouard Philippe reagiu afirmando que, os confrontos entre manifestantes e as forças de polícia nos Campos Elísios (Champs-Elysées) foram de grande violência.Este "terceiro acto" dos coletes amarelos caracterizou-se por uma escalada sem precedentes da violência em vários bairros de Paris.
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Depois dos primeiros recontros, entre os manifestantes e as forças da ordem, ocorridos próximo dos Campos Elísios (Champs-Elysées), o terceiro acto do movimento dos coletes amarelos, desembocou numa escalada da violência em toda a França, com destaque especial para a capital francesa, onde foram erigidas barricadas, montras de lojas vandalizadas e viaturas incendiadas.
Depois do ministro do interior, Christophe Castaner, ter posto em causa a presença de 1.500 manifestantes que ele acusou de perturbadores, o chefe do governo Edouard Philippe reagiu aos confrontos que tiveram lugar nas imediações dos Campos Elísios.
O primeiro-ministro Edouard Philippe reagiu afirmando que, os confrontos entre manifestantes e as forças de polícia nos Campos Elísios (Champs-Elysées) foram de grande violência
Edouard Philippe, primeiro-ministro francês
"Em Paris muito cedo, de manhã, indivíduos equipados, decididos, a provocar, a testar o dispositivo, a provocar as forças da ordem, juntaram-se fora do cordão de segurança que tinha sido definido com a Comando da Polícia, de forma que as manifestações decorressem na ordem.
Os manifestantes deram mostras de uma grande violência. As forças da ordem resistiram . Elas mostraram a relevância do dispositivo.
As mesmas foram atacadas com uma violência, que disseram não ter precedentes.
Neste momento mais de 107 pessoas foram detidas. O que é um número considerável...e que demonstra simultâneamente, a violência contra as forças da ordem e a nossa determinação a não tolerar isso"
De acordo com as autoridades francesas, ao fim da tarde de Sábado o balanço dos confrontos era muito mais pesado, de que o estabelecido na anterior jornada de mobilização parisiense do dia 24 de Novembro.
Neste terceiro acto dos coletes amarelos contra a política económica e social do executivo de Emmanuel Macron, 92 pessoas ficaram feridas, das quais 14 agentes da polícia, e 194 manifestantes foram apreendidos.
De salientar também que no perímetro entre a Opéra de Paris, a prestigiosa avenida Foch e a rua de Rivoli, tiveram lugar cenas de guerrilha urbana, que afectaram vários bairros ,ditos chiques, da capital francesa.
A edil de Paris, Anne Hidalgo manifestou a sua indignação e profunda tristeza perante a onda de violência, no coração de Paris.
Interrogados, vários manifestantes consideraram que a França é um país, onde progridem as desigualdades.
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