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Direito /Mali

Mali: ministro confirma existência de valas comuns

O ministro da Defesa do Mali Tiéna Coulibaly, confirmou a existência de valas comuns entre as localidades de Nantaka e Kobaka, próximo de Mopti, na região central do país africano. Tiéna Coulibaly reconheceu que militares estariam implicados na execução de mais de duas dezenas de indivíduos, na citada região, no passado dia 13 de Junho.

O ministro da Defesa maliano Tiéna Coulibaly, durante uma  reunião dos ministros da Defesa do Sael e do Saara em Abidjan,na Costa do Marfim.04 de Maio de 2017
O ministro da Defesa maliano Tiéna Coulibaly, durante uma reunião dos ministros da Defesa do Sael e do Saara em Abidjan,na Costa do Marfim.04 de Maio de 2017 REUTERS/Luc Gnago
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De acordo com testemunhas, no dia 13 de Junho, militares malianos fardados prenderam várias pessoas em Nantaka e Kobaka, próximo de Mopti, na região central do Mali.Do grupo de pessoas inicialmente detidas, somente os que não pertenciam à etnia Fula foram libertadas.

Segundo as mesmas testemunhas, as 25 pessoas restantes,da etnia Fula, foram executadas pelos miliatres e em seguida enterradas em três valas comuns,na proximidade de Nantaka e Kobaka.

Numa primeira fase,o ministro da Defesa do Mali,Tiéna Coulibaly desmentiu a existência das valas comuns.

Na quarta-feira,Coulibaly reconheceu a existência das mesmas, bem como confirmou o envolvimento de militares malianos na execução das 25 pessoas.

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Tiéna Coulibaly, ministro da Defesa do Mali 20 06 2018

A missão que se deslocou ao centro de país não é judicial, mas sim técnica. Esta última chegou à conclusão de que pessoas foram mortas e que militares estão implicados.

Não tenho mais pormenores, mas é suficiente para que tome duas decisões: a primeira é que o estado-maior se desloque à citada região, para se inteirar do que se passa, de forma a aplicar as medidas necessárias de âmbito militar e a segunda visa encetar procedimentos judiciais por intermédio do procurador militar. Estas duas instruções foram dadas.

Por isso todas as pessoas, cujo envolvimento for apurado, serão evidentemente passíveis de sanções administrativas, isto é, de acordo com o regulamento militar. Isso enquanto aguardamos,os procedimentos judiciais para todos os implicados". (Tiéna Coulibaly).

O ministro da Defesa do Mali, apelou também às Forças Armadas para que estas respeitem as convenções de direitos humanos, assim como sublinhou que está decidido a lutar contra a impunidade.

 

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