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Angola

Camionistas angolanos do corredor logístico entre Luanda e Kinshasa em greve geral

Em Angola, os camionistas de transporte de mercadorias entre Luanda e Kinshasa observam hoje, 10 de fevereiro, uma greve por tempo indeterminado, para protestar contra as constantes alterações das taxas aduaneiras pelas autoridades congolesas.

Camião nas estradas da província angolana de Benguela.
Camião nas estradas da província angolana de Benguela. AFP
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A Associação dos Transportadores Rodoviários de Mercadorias de Angola (ATROMA) lamenta que, nos últimos anos, tem enfrentado várias dificuldades para entrar na República Democrática do Congo, devido às barreiras alfandegárias criadas supostamente pelas autoridades de Kinshasa. 

António Gavião Neto, líder da organização, afirma que, face aos constrangimentos que os associados encontram, diariamente, no corredor logístico Luanda-Kinshasa, a ATROMA decidiu iniciar, a partir deste sábado 10 de fevereiro, uma greve na fronteira entre Angola e a República do Democrática do Congo, para a RCD rever a situação.  

Havemos de iniciar um movimento ao longo da fronteira entre o Congo Democrático e a Angola de paralisação de toda a actividade transportadora da República do Congo e da República do Congo para Angola, justamente, por divergência que, alguns anos, viemos tendo e tudo fizemos, mas tudo, em matéria negocial, no sentido de não chegarmos ao extremo.

avançou o líder associativo.  

Segundo o presidente dos Transportadores Rodoviários de Mercadorias de Angola, os motoristas congoleses ao entrarem para Angola pagam apenas 50 dólares por cada camião e já os angolanos ao saírem da RDC para o território nacional pagam, como despesas aduaneiras 4 mil dólares por viatura. 

António Gavião Neto, da ATROMA, reconhece que a situação belisca o sector logístico dos dois países, visto que 70% das mercadorias importadas no corredor logístico se destina a província de Cabinda, norte de Angola, e 30% para República Democrática do Congo. 

Os transportadores congoleses ao saírem do Congo e entrarem para o nosso território até Luau (uma localidade da província do Moxico, leste de Angola) pagam apenas 50 dólares por cada camião. Os angolanos a saírem de Angola para o congo, na fronteira como despesa aduaneira, pagam 4 mil dólares por cada camião.

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