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Sudão

Conflito no Sudão provocou "quase 8 milhões" de deslocados, diz ACNUR

A guerra vigente no Sudaão desde Abril do ano passado entre o exército do general Abdel Fattah al-Burhane e as Forças de Apoio Rápido (FSR, paramilitares) do general Mohammed Hamdane Daglo, antigo número dois do poder militar, provocou "quase 8 milhões" de deslocados, de acordo com o Alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Campo de refugiados sudaneses em Adré, no leste do Chade, no dia 7 de Dezembro de 2023.
Campo de refugiados sudaneses em Adré, no leste do Chade, no dia 7 de Dezembro de 2023. © Denis Sassou Gueipeur/ AFP/Arquivos
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Este conflito que causou mais de 13 mil mortos segundo um balanço do projecto de registo de conflitos ACLED considerado muito aquém da realidade, provocou "quase 8 milhões" de deslocados, disse em comunicado Filippo Grandi, Alto-comissário do ACNUR, actualmente em viagem à Etiópia.

Ao pedir "um apoio urgente (...) para atender às necessidades" da população sudanesa, este responsável considerou que "sem um apoio adicional dos doadores, será extremamente difícil fornecer a ajuda necessária para aqueles que mais precisam".

No passado 21 de Janeiro, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (Ocha) indicou que o número de pessoas deslocadas era de 7,6 milhões e que cerca de metade eram crianças.

A ONU refere ainda que um dos seis países vizinhos do Sudão, a Etiópia, recebeu desde Abril de 2023 mais de 100 mil sudaneses fugindo das violências que foram juntar-se aos 50 mil refugiados sudaneses já anteriormente presentes no país.

"Na semana passada, o número de recém-chegados ao Chade ultrapassou os 500 mil desde Abril do ano passado e, no Sudão do Sul, uma média de 1.500 pessoas têm atravessado o país diariamente", acrescentou o ACNUR em comunicado.

Os esforços diplomáticos com vista a alcançar a paz, nomeadamente dos Estados Unidos e da Arábia Saudita têm fracassado até ao momento.

Ambos os lados têm sido acusados de crimes de guerra, incluindo crimes contra civis, durante os mais de nove meses de conflito. Ainda ontem, o Tribunal Penal Internacional indicou ter aberto um novo inquérito sobre atrocidades e violências praticadas contra populações no Darfur, o epicentro da guerra civil.

 

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