Exército maliano reconquista Kidal, bastião dos separatistas
O exército maliano tomou, esta terça-feira, a cidade de Kidal, no norte do Mali, bastião dos separatistas tuaregues, um ponto estratégico de soberania para o Estado central.
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A tomada de Kidal representa um marco simbólico significativo para os coronéis que assumiram o controlo do país à força em 2020. Desde 2012 que o Mali vive confrontado com a propagação jihadista e uma crise de segurança e política profunda. A conquista de Kidal foi celebrada por diversos partidos e organizações.
Dezenas de pessoas reuniram-se na Praça da Independência, na capital Bamaco, empunhando bandeiras malianas. O governo do Burkina Faso, país vizinho também liderado por militares que selaram uma aliança com os malianos, elogiou a tomada de Kidal, referindo um momento "crucial" na luta contra grupos armados no Sahel e reforçando o "apoio inabalável" às autoridades malianas.
Esta acaba por ser o resultado final de uma ofensiva terrestre lançada no final da semana passada e apoiada por meios aéreos, incluindo aviões e drones. Segundo os rebeldes, a ofensiva envolveu mercenários russos da Wagner. A junta militar nega a presença no país do grupo de segurança privada russo.
Kidal é o berço histórico das insurreições independentistas e ponto de passagem para a Argélia, a cidade fica a mais de 1.500 km e 24 horas de carro de Bamaco.
Praticamente, desde Maio de 2014, que nem o exército, nem o Estado maliano tinham retornado a Kidal, data em que as forças de segurança foram expulsas durante uma visita do então primeiro-ministro Moussa Mara, que resultou em confrontos com os rebeldes tuaregues, causando baixas pesadas nas fileiras do exército.
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