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Sahel

Mali, Burkina Faso e Níger criam a Aliança dos Estados do Sahel (AES)

Bamako, Mali – As juntas militares no Mali, Burkina Faso e Níger assinaram este sábado 16 de Setembro um acordo para uma aliança de defesa, de acordo as delegações ministeriais dos três países, reunidas em Bamako, capital do Mali. 

O líder da junta maliana, Assimi Goita (no centro) reuniu-se com os seus homólogos do Burkina Faso e do Níger, para assinar um acordo de cooperação. Aqui, Assimi Goita, em Bamako, em 2022.
O líder da junta maliana, Assimi Goita (no centro) reuniu-se com os seus homólogos do Burkina Faso e do Níger, para assinar um acordo de cooperação. Aqui, Assimi Goita, em Bamako, em 2022. AP
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O acordo assinado entre os regimes militares que tomaram o poder nestes três países prevê criar uma nova entidade, a Aliança dos Estados do Sahel, com o objectivo de organizar sistemas de defesa colectiva e assistência mútua. 

Mali, Burkina Faso e Níger comprometem-se assim a utilizar as forças armadas "em caso de atentado à soberania e à integridade do seu território".

O acordo prevê, tal como consta no 6° artigo que "qualquer violação da soberania e da integridade do território de uma ou mais partes contratantes será considerada uma agressão contra as outras partes e implicará um dever de assistência e socorro de todas as partes, individual ou colectivamente, incluindo o uso da força armada para restabelecer e garantir a segurança no espaço coberto pela Aliança".

O acordo de cooperação prevê ainda a cooperação na luta contra o terrorismo, a criminalidade e as rebeliões armadas.  

Desde o golpe de Estado de 26 de Julho no Níger, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) mantém uma posição constante: as autoridades militares devem "restaurar a ordem constitucional imediatamente" libertando o presidente deposto Mohamed Bazoum e reinstalando-o nas suas funções.

A organização da África Ocidental ameaçou repetidamente com uma intervenção armada e impôs sanções económicas ao Níger. 

O Burkina Faso e o Mali vizinhos consideram que uma operação militar contra um dos seus países seria uma "agressão ilegal e sem sentido" e prometeram uma "resposta imediata" a qualquer agressão.

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