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Níger

Países da CEDEAO continuam reflexão sobre uma eventual intervenção no Níger

Os chefes de Estado-maior dos paises-membros da CEDEAO continuam hoje, pelo segundo dia consecutivo, reunidos em Accra para discutir as modalidades de uma eventual intervenção armada regional no Niger, na sequência do golpe militar de 26 de Julho.  chefe de Estado da Nigéria, ameaçou com "sérias consequências" em caso de deterioração do estado de saúde do Presidente do Níger que está detido pelos militares desde o golpe.

Os Chefes de Estado-Maior dos países da CEDEAO (com excepção do CEMFA de Cabo Verde) estão reunidos desde ontem em Accra, no Gana.
Os Chefes de Estado-Maior dos países da CEDEAO (com excepção do CEMFA de Cabo Verde) estão reunidos desde ontem em Accra, no Gana. REUTERS - FRANCIS KOKOROKO
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Ao fim do primeiro dia de reunião ontem em Accra, no Gana, o comissário para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança do bloco, Abdel-Fatau Musah declarou que a "maioria" dos países da CEDEAO está empenhada em participar numa eventual intervenção militar no Níger "excepto aqueles que estão sob domínio militar (Burkina Faso, Mali e Guiné-Conacri) e Cabo Verde", cujo Presidente -lembramos- disse na semana passada de forma inequívoca que era contra a opção militar e que preferia que se privilegiasse a via diplomática.

Contudo, desde ontem, mais nenhuma informação filtrou sobre o teor das discussões entre os responsáveis militares dos países da CEDEAO, numa altura em que os dirigentes políticos da região referem pretender encontrar a via do diálogo com a junta militar do Níger, uma solução também defendida designadamente pelos Estados Unidos.

Apesar de múltiplos apelos neste sentido, a Junta Militar não tem dado sinais de tencionar libertar o Presidente Mohammed Bazoum, cujas "condições de detenção têm estado a piorar", segundo o chefe de Estado da Nigéria, Bola Tinubu, presidente em exercício da CEDEAO, que hoje em conversa telefónica com o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, ameaçou com "sérias consequências", no caso de o estado de saúde do Presidente deposto piorar.

O Alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, quanto a si, denunciou com veemência a decisão recentemente anunciada pela junta militar de atacar Bazoum em Justiça por "alta traição", uma "decisão a seu ver 'motivada por considerações políticas" e "sem fundamento jurídico".

Refira-se, entretanto, que no terreno a situação continua precária. Fontes de segurança dão conta de pelo menos 28 civis mortos no início da semana em várias localidades do sudoeste do Níger, junto à fronteira com o Mali e o Burkina Faso, uma zona que tem sido frequentemente palco de ataques jihadistas.

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