Greve dos taxistas continua na Cidade do Cabo
Oitavo dia de greve dos taxistas na Cidade do Cabo, na África do Sul. O movimento deverá continuar até ao fim-de-semana. Protestos ficam marcados pela morte de cinco pessoas.
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O governador da Cidade do Cabo, Geordin Hill-Lewis, enfrenta o seu maior desafio até agora já que os taxistas ameaçam continuar a greve até ao fim de semana. Esta quinta-feira é o oitavo dia consecutivo de paralisação, acompanhada por violentos protestos. Pelo menos 120 pessoas foram detidas e cinco morreram nos episódios de violência ao longo do movimento.
A greve começou depois de as autoridades terem apreendido táxis por alegadas infracções ao código da estrada. Até agora, teriam sido apreendidos cerca de 6.000 veículos. O Conselho de Táxis da África do Sul anunciou que vai interpor um recurso urgente junto da justiça para que os seus veículos sejam disponibilizados.
Desde que a greve foi anunciada, na semana passada, muitos sectores sentiram o impacto nas suas actividades económicas e nos serviços da província, nomeadamente na saúde, educação, empresas e turismo. Dezenas de milhares de passageiros ficaram retidos. Algumas empresas foram obrigadas a fechar por razões de segurança e outras sofreram perdas de produção e financeiras.
O Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa condenou a destruição de propriedades privadas e públicas na Cidade do Cabo e pediu às partes interessadas que resolvam o impasse e que defendam e respeitem o Estado de direito. “Não podemos tolerar o que tem estado a acontecer na Cidade do Cabo. Condenamos veementemente a violência causada por esta disputa”, declarou.
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