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França/Níger

França reitera apoio ao Níger

A ministra francesa dos Negócios Estrangeiros recebeu este sábado, 5 de Agosto, o primeiro-ministro do Níger, Ouhoumoudou Mahamadou. Catherine Colonna reiterou o apoio da França ao Presidente deposto Mohamed Bazoum e ao governo nigerino.

A ministra francesa dos Negócios Estrangeiros recebeu este sábado, 5 de Agosto, o primeiro-ministro do Níger, Ouhoumoudou Mahamadou. Catherine Colonna reiterou o apoio da França ao Presidente Mohamed Bazoum e ao governo nigerino.
A ministra francesa dos Negócios Estrangeiros recebeu este sábado, 5 de Agosto, o primeiro-ministro do Níger, Ouhoumoudou Mahamadou. Catherine Colonna reiterou o apoio da França ao Presidente Mohamed Bazoum e ao governo nigerino. REUTERS - AZIZ KARIMOV
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"A responsável pela diplomacia francesa recebeu esta manhã, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, o primeiro-ministro do Níger, Ouhoumoudou Mahamadou, que se fez acompanhar pelo embaixador nigerino em França, Aichatou Bolama Kane", avança o Ministério em comunicado.

Catherine Colonna reiterou "o apoio da França ao Presidente deposto Mohamed Bazoum e ao governo nigerino, sublinhado que são as únicas autoridades legítimas no país".

A França disse ainda apoiar "firmemente e com determinação" os esforços da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental-CEDEAO- para tentar travar o golpe de Estado".

A CEDEAO impôs duras sanções a Niamey e deu um ultimato aos golpistas para até domingo, 6 de Agosto, reporem a ordem constitucional no país e libertarem o Presidente Mohamed Bazoum, sob pena de uso da "força".

A CEDEAO que enviou uma delegação ao país, chefiada pelo antigo chefe de Estado nigeriano, Abdulsalami Abubakar para encontrar uma saída para a crise no Níger, partiu poucas horas depois, sem ter encontrado o líder dos golpistas.

“Golpistas devem desistir desta aventura”

Em entrevista à RFI, a ministra francesa dos Negócios Estrangeiros admitiu quea perspetiva de ter que recorrer a outros meios deve ser levada muito a sério”, aconselhando os golpistas a “desistirem desta aventura”.

Ontem, os golpistas mostraram-se prontos a abandonar vários acordos militares concluídos com a França, em particular, acordos que preveem o "estacionamento" do destacamento francês e ao "status" dos soldados presentes no quadro da luta anti-jihadista.

Catherine Colonna defendeu que “a presença das forças francesas no Níger baseia-se em acordos que foram assinados com as autoridades legítimas deste país há vários anos, estando presentes no Níger a pedido dessas autoridades".

Todavia, a responsável política lembrou que desde o golpe de Estado a França suspendeu a cooperação com o país, justificando a decisão com o facto de não reconhecerem a autoridade dos golpistas.

Estados Unidos limitam cooperação com Níger

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, anunciou que os Estados Unidos suspenderam os programas de ajuda ao governo do Níger, mas vão prosseguir a ajuda humanitária "essencial" no terreno.

Num artigo de opinião publicado, quinta-feira, no Washigton Post, o Presidente do Niger pediu a ajuda dos Estados Unidos e da comunidade internacional para “restaurar a ordem constitucional”.

Horas antes, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tinha instado os golpistas à "libertação imediata" de Mohamed Bazoum e “à preservação da democracia duramente conquistada pelo Níger”.

Mohamed Bazoum, detido no palácio presidencial em Niamey, alertou ainda que caso a Junta Militar permaneça no poder, “toda a região pode cair sob a influência russa”.

O líder deposto criticou o Mali e Burkina Faso, países vizinhos do Níger, por “apoiarem o golpe ilegal”, acusando-os de utilizar mercenários do grupo paramilitar russo Wagner “às custas da dignidade e dos direitos dos seus cidadãos”.

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