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Confronto/Sudão

Sudão: acordado novo cessar-fogo de 24 horas

No Sudão, o exército e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido, em confronto desde o passado dia 15 de Abril, acordaram um cessar-fogo de 24 horas, que começou na manhã deste sábado, às 6 horas de Cartum (4h GMT). Este entendimento foi conseguido graças à mediação dos Estados Unidos da América e da Arábia Saudita.

Fumo em Cartum, a 4 de Junho de 2023, com a intensificação dos combates entre os generais em guerra no Sudão.
Fumo em Cartum, a 4 de Junho de 2023, com a intensificação dos combates entre os generais em guerra no Sudão. AFP - -
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As tropas do general Abdel Fattah al-Burhan e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido, liderado por Mohamed Dagalo concordaram respeitar um cessar-fogo, com a duração de um dia, e parar a violência durante este período de tréguas, permitindo deste modo que a ajuda humanitária chegue ao país.

Este acordo temporário foi conseguido com a mediação dos Estados Unidos e da Arábia Saudita, que têm tentado negociar a paz na cidade de Jeddah, na Arábia Saudita.

Apesar de se ter conseguido chegar a este acordo no país, há receios de que este cessar-fogo não seja respeitado, situação que tem vindo a acontecer em períodos de tréguas anteriores.

Para já, os dois grupos parecem estar a cumprir aquilo que foi acordado, mas o exército deixou desde logo um aviso: o cessar-fogo vai ser respeitado, mas qualquer violação por parte dos paramilitares, terá uma "resposta".

Esta trégua, que dá uma pequena esperança aos sudaneses cerca de dois meses após o início do conflito, acontece depois da visita de Antony Blinken, chefe da diplomacia americana, à Arábia Saudita.

O representante salientou que Washington e Riade estão empenhados em dar continuidade "à cooperação" e a "pôr fim aos combates no Sudão".

Nas últimas semanas, os confrontos entre as duas facções têm sido intensos e já provocaram a morte de mais de 850 pessoas e deixaram mais de 5.500 feridos, segundo as Nações Unidas. Já a ONG de monitorização de conflitos ACLED, fala em mais de 1.800 mortos. Há ainda registo de mais de 1 milhão de pessoas que foram obrigadas a deixar as suas casas.

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