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Guiné-Bissau: "exaustos", estudantes guineenses regressaram do Sudão

Cerca de dez dias depois de terem abandonado a Universidade Internacional de África, em Cartum, os jovens guineenses estudantes no Sudão chegaram esta quarta-feira a Bissau. Exaustos, os jovens mostraram-se gratos pela intervenção das autoridades que permitiram a sua saída do Sudão.

Cerimónia de chegada dos estudantes guineenses provenientes do Sudão. Bissau, 28 de Julho de 2022.
Cerimónia de chegada dos estudantes guineenses provenientes do Sudão. Bissau, 28 de Julho de 2022. © Mussá Baldé
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Os estudantes chegaram a Bissau, provenientes do Senegal, país que lhes deu boleia quando foi retirar os seus cidadãos no Sudão. Os nove estudantes, oito rapazes e uma rapariga, foram recebidos pela secretária de Estado das Comunidades guineenses, Salomé Allouche que se mostrou satisfeita com a pronta resposta das autoridades de Bissau.

A governante salientou o papel do Presidente Umaro Sissoco Embalo que falou pessoalmente com o homólogo senegalês, Macky Sall no sentido de dar boleia aos estudantes guineenses em Cartum.

Malam Indjai, porta-voz dos jovens estudantes explica aqui como conseguiram sair do Sudão:

"Para conseguirmos sair contactámos as pessoas do governo. Contactámos os nossos embaixadores, principalmente o da Guiné-Bissau mas também o da Arábia Saudita, o senhor Dino Seidy. Contactámos a nossa embaixadora, que está na Etiópia e alguns de nós contactaram também o director-geral do ministério dos Negócios Estrangeiros Braima Mané e outras pessoas ainda contactaram os familiares, tudo para termos saída o mais breve possível".

O jovem estudante já não conteve as lágrimas quando contava aos jornalistas as peripécias nos dias em que começaram os combates em Cartum.

Estudantes guineenses provenientes do Sudão.
Estudantes guineenses provenientes do Sudão. © Mussá Baldé

"Havia colegas que moram numa zona mais perigosa e vieram com as pessoas que estão quase na zona da direcção administrativa da Universidade, uma zona um pouco afastada da zona de conflicto. Juntámo-nos todos lá. A nossa irmã também estava numa das zonas mais perigosas. A direcção da Universidade pediu que todas elas viessem para se juntarem numa sala de conferência. Felizmente, nenhum de nós teve problemas. Mas... Há colegas que infelizmente...", explicou o estudante, emocionado. 

Agora os jovens vão pedir uma audiência com o Presidente Sissoco Embalo no sentido de lhe solicitar que os ajude a concluir os estudos, uma vez que alguns dos jovens estudantes já estavam no último ano do curso.

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