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#Mali/Rússia

Chefe da diplomacia russa de visita oficial ao Mali

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, começa, esta segunda-feira, uma visita de dois dias ao Mali, naquela que é a sua primeira deslocação oficial ao país. Este domingo, a junta militar maliana anunciou a expulsão do director do departamento de direitos humanos da missão das Nações Unidas.

Sergei Lavrov, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia. Imagem de arquivo de 30 de Janeiro de 2023.
Sergei Lavrov, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia. Imagem de arquivo de 30 de Janeiro de 2023. AFP - SERGEI ILNITSKY
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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, chega a Bamako, esta segunda-feira, para uma visita de 48 horas ao Mali, depois de ter estado, recentemente, em Angola, África do Sul e Eritreia.

Sergei Lavrov deverá reunir-se com o seu homólogo, Abdoulaye Diop, e com o Presidente de Transição, o Coronel Assimi Goïta. De acordo com a junta militar, a visita mostra "a vontade firme dos Presidentes maliano e russo para dar uma nova dinâmica às relações de amizade e de cooperação bilateral, nas áreas da defesa, da segurança, da cooperação económica, comercial e cultural". 

Desde a chegada ao poder, através de um golpe de Estado em 2020, a junta pediu a Moscovo ajuda logística e militar e solicitou à França para retirar as tropas que até então ajudavam na luta contra o jihadismo, algo que se concretizou em Agosto do ano passado.

Na semana passada, especialistas da ONU pediram uma investigação independente sobre possíveis crimes de guerra e crimes contra a Humanidade alegadamente cometidos pelas forças governamentais malianas e pelo grupo paramilitar russo Wagner - considerado como um grupo de mercenários pelos ocidentais, mas descritos pelo Mali como instrutores vindos para formar as tropas locais.

Dias depois, no sábado, a junta publicou uma declaração a rejeitar as acusações da ONU e sublinhou o seu compromisso em respeitar os direitos humanos. No domingo, o Mali anunciou a expulsão do director do departamento de direitos humanos da missão das Nações Unidas, Guillaume Ngefa-Atondoko Andali, por considerar que ele foi parcial na sua escolha de testemunhas da sociedade civil para audiências do Conselho de Segurança da ONU sobre o Mali. Em causa, as denúncias de 27 de Janeiro da vice-presidente do observatório da sociedade civil Kisal, Aminata Dicko, em que ela falou na degradação da segurança no país e na alegada implicação em graves violações dos direitos humanos dos aliados russos do exército maliano.

O representante da CEDEAO no país e o embaixador de França também já tinham sido expulsos do Mali.

 

 

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