Cabo Verde: 500 anos da Diocese de Santiago

A Diocese de Santiago de Cabo Verde, a primária em África, arranca com as actividades do Decénio Jubilar dos 500 anos. O Presidente cabo-verdiano quer ter o  Papa Francisco nas celebrações.

Diocese da Igreja católica de Santiago, Cabo Verde. DR

A abertura oficial do Decénio Jubilar da Celebração dos 500 Anos da Diocese de Santiago de Cabo Verde aconteceu com uma missa  na Cidade Velha, considerada o berço da nacionalidade cabo-verdiana.

Durante a cerimónia o cardeal Dom Arlindo Furtado destacou a importância dos cabo-verdianos recordarem o passado com gratidão, por forma a reconhecer todo o esforço e sacrifício consentidos pelos antepassados. Presente no acto e em declarações à imprensa, o chefe de estado, José Maria Neves, disse que a Presidência da República vai participar ativamente nas  atividades do Decénio Jubilar dos 500 anos da Diocese de Santiago de Cabo Verde e manifestou a vontade de contar com a visita do Papa Francisco ao país.

“Seria extraordinariamente importante se nas comemorações do Jubileu, o Papa Francisco pudesse visitar Cabo Verde. Na verdade, esta é a diocese primaz da África, mas temos que conjugar esforços, nós, as duas dioceses, particularmente a de Santiago” afirmou.

José Maria Neves disse que o convite ao Papa para visitar Cabo Verde já tinha sido feito, enquanto foi primeiro-ministro e pelo anterior Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, esperando que aconteça durante os próximos 10 anos.

Foi no 31 de Janeiro de 1533 que o Papa Clemente VII criou a Diocese de Santiago que para além das ilhas de Cabo Verde, abrangia um território que actualmente corresponde total ou parcialmente ao Senegal, Gambia, Guiné-Bissau, Guiné Conacri, Serra Leoa, Libéria, Mali e o Burkina-Faso.