Parque Mbatonha: "Interesse de desenvolvimento sobrepõe-se ao interesse ambiental"

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, realizou, esta quarta-feira, uma conferência de imprensa de balanço sobre os acontecimentos que tiveram lugar no país, no decurso do último ano. Durante cerca de quatro horas, o chefe de Estado falou sobre vários temas, incluindo a polémica sobre o parque ornitológico Mbatonha, localizado em Bissau, e que está a ser destruído.

Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló. REUTERS - POOL

Na conferência de imprensa estiveram presentes cerca de 30 jornalistas, que colocaram várias questões. Umaro Sissoco Embaló aproveitou a ocasião para passar em revista todos os assuntos que considerou pertinentes sobre o país.

De forma acentuada, o Presidente guineense destacou que, entre os ganhos dos seus dois anos de mandato, está, sem dúvida, a recuperação da imagem de credibilidade do país na arena internacional.

Embaló afirmou que esses ganhos, potenciados através da sua magistratura de influência, permitiram ao governo ter um envelope de cerca de 300 milhões de dólares americanos para a construção de estradas e requalificação de Bissau.

Umaro Sissoco Embaló aproveitou ainda o momento para esclarecer a polémica em torno do parque Mbatonha, na capital guineense. O chefe de Estado confirmou que no local serão construídos, com o apoio da Turquia, uma mesquita, um hospital e uma escola. O Presidente disse que compreende o valor daquele parque, mas também observou que o interesse de desenvolvimento se sobrepõe ao interesse ambiental.

Presidente fala sobre alegada tentativa de golpe de Estado

Sissoco Embaló falou ainda sobre os detidos, na sequência da tentativa de golpe de Estado, de 1 de Fevereiro de 2022, e afirmou que a investigação ainda está em curso e poderá levar o tempo que for preciso, mas que o julgamento dos suspeitos será feito de forma pública.

Em relação à polémica com a direção da Comissão Nacional de Eleições, o Presidente guineense garantiu que o dossier está encerrado. Ou seja, serão os actuais dirigentes da CNE que irão organizar as eleições legislativas de 04 de Junho próximo.