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#Mali/Costa do Marfim

Mali ignorou recomendação da CEDEAO sobre militares marfinenses

O Mali deixou passar o prazo da CEDEAO, 1 de Janeiro, para libertar os 46 militares marfinenses que foram condenados, em Bamaco, a 20 anos de prisão. O grupo está detido no Mali há seis meses e foi considerado culpado de “atentado e conspiração contra o governo”, entre outras acusações.

Imagem de arquivo. Cimeira da CEDEAO, Acra, Gana, 24 de Março de 2022.
Imagem de arquivo. Cimeira da CEDEAO, Acra, Gana, 24 de Março de 2022. © Misper Apawu / AP
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Os 46 soldados marfinenses estavam detidos há seis meses no Mali e a junta militar no poder tinha até 1 de Janeiro para os libertar, segundo uma recomendação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). No entanto, dois dias antes do final do ultimato, um tribunal condenou os 46 militares a 20 anos de prisão por “atentado e conspiração contra o governo”, "atentado à segurança externa do Estado", "posse, porte e transporte de armas e munições de guerra para perturbar a ordem pública”. Três mulheres militares - que também tinham sido detidas em Julho, mas que foram libertadas dois meses depois - acabaram por ser condenadas, à revelia, à pena de morte, com as mesmas acusações que o resto do grupo.

O caso tem sido um braço de ferro entre a junta militar maliana, a CEDEAO e a Missão das Nações Unidas no Mali (Minusma). A Costa do Marfim alega que os soldados estavam em missão para a ONU no âmbito das operações de apoio logístico à Minusma e, por isso, exigia que fossem libertados, algo que a CEDEAO apoiou.

A 22 de Dezembro, uma delegação marfinense esteve em Bamako e foi assinado um acordo que poderá levar a uma graça presidencial do chefe da junta, Assimi Goïta. Na altura, o ministro marfinense da Defesa disse que o caso estava “em vias de resolução” mas, menos de oito dias depois, os soldados foram condenados.  Ainda assim, este sábado, o Presidente marfinense, Alassane Ouattara, disse que os militares “voltarão, em breve” para a Costa do Marfim. Agora, as atenções voltam-se para o chefe da junta maliana e para a reacção da CEDEAO cujo ultimato para a libertação dos soldados foi ignorado.

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