São Tomé e Príncipe: oposição manifesta pela "verdade" sobre tentativa de golpe de estado

Partidos de oposição com e sem assento parlamentar organizam esta tarde uma manifestação de repudio aos acontecimentos do passado dia 25 de Novembro que resultaram na tortura e morte de 4 pessoas. Esta manifestação acontece numa altura em que fontes judiciais indicam que seis militares são-tomenses foram colocados em prisão preventiva, suspeitos de serem os autores dos referidos homicídios. O primeiro-ministro considerou a manifestação uma iniciativa "irresponsável". 

MLSTP/PSD, maior partido da oposição são-tomense. © MLSTP/PSD

Os partidos políticos da oposição, antes da manifestação, decidiram encontrar-se com o presidente da República, Carlos Vila Nova, na qualidade de chefe de estado e comandante supremo das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe. 

Neste grupo figuram partidos, alguns com assento parlamentar, nomeadamente o MLSTP/PSD e Basta. Os restantes partidos não têm assento parlamentar e alguns foram extintos pelo Tribunal Constitucional. 

Nelson Carvalho, em representação dos partidos referidos disse que estão "ávidos em conhecer a verdade" dos acontecimentos do 25 de novembro face aos inquéritos que decorrem. 

"Brevemente, as coisas serão esclarecidas porque o senhor presidente também está muito interessado para que realmente as decisões sejam esclarecidas, para que todo o povo saiba o que aconteceu, para que volte a realidade de paz, de sossego, sem medo", declarou. 

O primeiro ministro, Patrice Trovoada, disse que a manifestação representa um "ato irresponsável", dos partidos da oposição.

"Há um aproveitamento político por parte da oposição e eu repito, falaram em 7 partidos, mas alguns deles até foram extinctos pelo Tribunal Consitucional porque são partidos que não têm nenhuma representação nacional", explicou Patrice Trovoada.