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Senegal

Senegal: confrontos em Dacar entre manifestantes e polícia

Confrontos ontem em Dacar e na Casamança, no sul do pais, entre a policia e manifestantes que protestavam contra a invalidação da principal lista da oposição para as legislativas do próximo dia 31 de Julho, resultaram segundo a oposição em 3 mortos, dois dos quais na Casamança, as autoridades não tendo confirmado este balanço.

A Cruz Vermelha Senegalesa transporta uma mulher ferida durante confrontos à margem de protestos em Dacar, no dia 17 de Junho de 2022.
A Cruz Vermelha Senegalesa transporta uma mulher ferida durante confrontos à margem de protestos em Dacar, no dia 17 de Junho de 2022. REUTERS - ZOHRA BENSEMRA
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Apesar de terem sido proibidas as concentrações, jovens saíram à rua ontem em Dacar e na Casamança para expressar a sua indignação após a invalidação da candidatura às legislativas previstas no fim do mês de Julho da lista liderada por Ousmane Sonko, um dos principais adversários políticos do Presidente Macky Sall.

Os protestos foram marcados por confrontos com a polícia que resultaram segundo a Cruz Vermelha num morto, um jovem adolescente carbonizado num pequeno comércio da capital, sendo que a oposição dá conta de mais dois óbitos desta vez na Casamança, no sul do país. Dados sobre os quais para as autoridades não se pronunciaram, a Amnistia Internacional reclamando desde já autópsias para "procurar a verdade sobre as causas e as circunstâncias da sua morte".

Durante esses confrontos, foram detidas três figuras da oposição, Dethié Fall, Ahmet Aidara e Mame Diarra Fame, sendo que o líder da oposição, Ousmane Sonko assim como outro opositor, Barthélémy Dias foram bloqueados pelas autoridades nas suas respectivas residências.

Este sábado, Ousmane Sonko lançou o que chamou de "ultimato" ao Presidente. Ao exigir a libertação das pessoas detidas durante os protestos, este responsável político garantiu que se isto não acontecer "virão buscá-las, custe o que custar".

O líder da oposição que acusa o actual presidente de pretender brigar um terceiro mandato em 2024, também o acusou de ser um assassino. Ao responsabilizar Macky Sall pelos cerca de 12 mortos registados durante os confrontos registados no país em Fevereiro-Março do ano passado, Ousmane Sonko acusou-o de "juntar mais 3 vítimas ao seu repertório em Junho de 2022".

Com a aproximação das legislativas do dia 31 de Julho, aumenta a crispação política no país. Após a invalidação no começo do mês da lista liderada por Ousmane Sonko, a oposição ameaçou impedir a organização das eleições. Uma situação perante a qual Macky Sall exclui qualquer recuo, escudando-se no facto da decisão pertencer ao Conselho Constitucional.

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