Rumba congolesa é aprovada património cultural imaterial mundial
A UNESCO, Agência das Nações Unidas para a Cultura,Educação e Ciências, acrescentou na terça-feira, a Rumba Congolesa à sua lista do património imaterial da humanidade, desencadeando uma onda de entusiasmo na República do Congo e na República Democrática do Congo. O pedido destes dois países, para a integração da Rumba Congolesa como património imaterial, foi aprovado pela conferência geral da UNESCO.
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Depois da rumba cubana, música e dança de raíz africana, a rumba congolesa foi também integrada, no dia 14 de Dezembro de 2021, na lista do Património Imaterial Cultural da Humanidade.
O Presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, acolheu a notícia com "alegria e felicidade", e os cidadãos das duas Repúblicas congolesas, com capitais em Kinshasa e Brazzaville, respectivamente, festejaram uma das músicas e danças, que mais marcaram a história do continente africano, nomeadamente pelo papel desempenhado nas independências dos dois Congos e não só.
O chefe de Estado da RDC, considerou que, finalmente a música e a dança nascida nos dois Congos foi reconhecida pelo seu valor universal.
Segundo a ministra da Cultura da República Democrática do Congo, Catherine Furaha, a rumba faz parte da identidade congolesa.
As origens da rumba foram identificadas no antigo Reino do Kongo, onde as populações praticavam uma dança chamada "Nkumba".
"Nkumba" significa "umbigo", dado que durante os movimentos da dança, um homem e uma mulher, dançavam com os respectivos umbigos,um contra o outro.
Foram as tradições musicais e culturais levadas pelos africanos, através do comércio de escravos, que estão na origem do jazz na América do Norte e da Rumba na América do Sul.
De acordo com André Yoka Lye, director do Instituto Nacional das Artes, em Kinshasa, a primeira versão moderna da rumba data de há 100 anos e simboliza cidades e bares.
Tabu Ley (Rochereau) e Franco Luambo estão entre as figuras históricas da Rumba congolesa.
Luambo mais conhecido simplesmente pelo nome de Franco, exímio guitarrista cuja influência espalhou-se pelas novas gerações de músicos africanos, é incontestavelmente a figura patrimonial da rumba congolesa.
Franco et OK JAZZ
O pós-Franco é marcado por uma nova geração de artistas, dos quais os mais ilustres são Papa Wemba, Koffi Olomide e Fally Ipupa.
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