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OMS recomenda uso da primeira vacina contra a malária

A Organização Mundial da Saúde aprovou e recomendou, esta quarta-feira, a administração generalizada da primeira vacina contra a malária nas crianças que vivam na África subsariana e nas zonas de risco. “Um momento histórico”, de acordo com a OMS, que poderá salvar milhares de vidas.

Rede mosquiteira para prevenir contra a malária. 22 de Junho de 2005, Xai Xai, Moçambique.
Rede mosquiteira para prevenir contra a malária. 22 de Junho de 2005, Xai Xai, Moçambique. AFP - ALEXANDER JOE
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A cada dois minutos, uma criança morre vítima de malária no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. A OMS recomendou, esta quarta-feira, a inoculação generalizada da primeira vacina contra a malária nas crianças que vivam na África subsariana e nas zonas de risco. “Um momento histórico” que poderá salvar milhares de vidas.

É um momento histórico. A vacina contra a malária, tão aguardada para as crianças, é um avanço para a ciência, para a saúde infantil e para a luta contra a malária”, declarou, em comunicado, o director geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O responsável acrescentou que “o uso desta vacina, paralelamente aos tratamentos existentes para prevenir a malária, poderia salvar dezenas de milhares de vidas de crianças todos os anos”.

Em África, a malária mata anualmente mais de 260.000 crianças de menos de cinco anos, pelo que esta vacina era há muito esperada, tanto mais que aumentam os receios de uma resistência aos tratamentos existentes.

A vacina “TTS,S” actua contra o parasita Plasmodium falciparum que é transmitido por um mosquito e que é o parasita mais mortal à escala mundial e o mais predominante em África. No total, há cinco espécies de parasitas Plasmodium, todos transmitidos pelas picadas de mosquitos. A malária é endémica em vários países tropicais, sendo potencialmente fatal se não tratada atempadamente.

Em 2019, o Gana, o Quénia e o Malawi começaram a administrar a vacina e, dois anos depois, foram inoculadas 2,3 milhões de doses. De acordo com a OMS, os resultados desta fase piloto demonstraram que a vacina “reduz consideravelmente de 30% as formas graves de paludismo”.

Antes do uso generalizado, a próxima etapa deverá ser o financiamento. A OMS espera que a recomendação do uso desta vacina motive também os outros laboratórios a desenvolverem novas vacinas contra a malária.

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