Eleições em Jibuti onde homem forte Ismail Omar Guelleh é favorito
Os jibutianos foram na sexta-feira às urnas para eleger o seu presidente da República, num escrutínio marcado pela normalidade. chefe de Estado cessante, Ismail Omar Guelleh, que se candidata a um quinto mandato, é o grande favorito da eleição, na qual ele tem por único adversário, um empresário novato em política.
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Cerca de 215.000 eleitores estão inscritos nas listas , de uma população com um total de 990.000 habitantes, deslocaram-se às 529 mesas de voto, para um escrutínio, cujo favorito é Isamel Omar Guelleh.
Guelleh, com 73 anos, homem forte de Jibuti desde 999 e candidato à um quinto mandato, declarou na sexta-feira, depois ter votado em Jibuti city, que está confiante na sua vitória.
O seu principal e único adversário é o empresário Zakaria Ismail Farah de 56 anos, novato na cena política jibutiana,e cuja campanha para presidência foi marcada por poucos comícios.
Segundo os analistas locais, as hipóteses de um triunfo eleitoral de Farah são remotas,se atendermos que, Guelleh venceu os últimos escrutínios presidenciais com mais de 75% dos votos.
Desanimado por não ter sido objecto de tratamento idêntico ao de Guelleh durante a campanha, Farah, considerou que o seu voto e o de 80% dos jibutianos não servia para nada, uma vez que não havia delegados seus nas mesas de votos.
Esta última constatação foi igualmente feita por Ahmed Tidiane Souare, chefe da missão de observadores da União Africana. Todavia Souare, concluiu que as regras do escrutínio estavam a ser respeitadas.
Uma reforma da Constituição e Jibuti, que data de 2010, estabelece como limite a idade de 75 anos, para que um jibutiano possa candidatar-se à eleição presidencial. Teoricamente depois de um quinto mandato, Ismail Omar Guelleh não poderá mais ser candidato à presidência do seu país.
Desde que assumiu o poder a partir de 1999, Guelleh soube tirar partido da vantajosa posição geográfica estraégica de Jibuti, no Corno de África. Ele investiu fortemente em instalações portuárias, assim como em infra-estruturas de logística.
A sua família controla a economia do país, que perante a crise sanitária registou uma baixa de 1% em matéria de PIB.
No entanto, em 2021, a economia jibutiana poderia atingir um crescimento de 7% de acordo com previsões, efectuadas pelo Fundo Monetário Internacional.
Em Jibuti, o PIB (Produto Interno Bruto), em rendimento por habitante, é da ordem dos 3,500 dólares norte-americanos, superior a média dos países da África subsaariana. Contudo, estudos do Banco Mundial revelam, que 20% da população de Jibuti vive na extrema pobreza e 26% dela está desempregada.
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