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Golfo da Guiné/Tráfico de Droga

Marinha francesa apreende mais de 6 toneladas de cocaína no Golfo da Guiné

No quadro da missão Corimbo, uma equipa de 3 elementos do porta-helicópetros amfíbio francês Dixmude, apoiados por um drone, apreendeu a 21 de março no Golfo da Guiné mais de seis toneladas de cocaína, a bordo do navio Najlan, com bandeira da Federação de São Cristovão e Névis, que zarpou do Brasil a 5 de março, numa operação de "cooperação excepcional" entre as marinhas europeias e as autoridades brasileiras.

Marinha francesa no quadro da operação Corimbo, apreendeu a 21 de março no Golfo da Guiné, 6 toneladas de cocaína a bordo de um navio que zarpou do Brasil a 5 de março.
Marinha francesa no quadro da operação Corimbo, apreendeu a 21 de março no Golfo da Guiné, 6 toneladas de cocaína a bordo de um navio que zarpou do Brasil a 5 de março. © CORENTIN CHARLES/AFP
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O navio Najlan, com 105 metros e com bandeira da Federação de São Cristovão e Nièvés (o mais pequeno Estado americano, situado nas pequenas Antilhas, na região das Caraíbas) deixou o Rio de Janeiro a 5 de março e após uma travessia muito vigiada do Oceano Atlântico durante duas semanas, foi apreendido pela marinha francesa no Golfo da Guiné, às 6 horas da madrugada de domingo, 21 de março, com mais de seis toneladas de cocaína a bordo.

As operações foram pilotadas pela Autoridade Marítima do Atlântico, na voz da sua porta-voz a capitã de fragata Céline Tuccelli, que descreve a importância da cooperação nesta apreensão recorde no quadro da Operação Corimbo. 

"Esta apreensão recorde é finalmente o resultado de uma cooperação excepcional, simultaneamente entre parceiros europeus, mas também com as autoridades brasileiras. Foi a marinha francesa que conduziu esta acção, porquê, por questões de proximidade graças ao nosso dispositivo permanente na operação Corimbo despoletado no Golfo da Guiné.

Os seus objectivos são contribuir para a segurança marítima neste vasto espaço que é o Golfo da Guiné, o equivalente a quatro vezes a superfície da França Metropolitiana e são numerosos eixos marítimos, 19 países limítrofes e infelizmente muito tráfico. Desta vez foi o tráfico de droga que nos interessou, mas há também a pesca ilícita, muito bandistismo e pirataria marítima. A França está permanentemente presente com pelo menos um navio no Golfo da Guiné, para tratar todos esses problemas, com os nossos parceiros das marinhas africanas dos países limítrofes".

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Apreensão recorde de cocaína no Golfo da Guiné

Esta operação foi conduzida com base em informações transmitidas pelo gabinete francês anti-estupefacientes - OFAST - e a polícia holandesa, em colaboração com o centro operacional de análise de informações marítimas sobre os estupefacientes - MAOC-N - agência internacional com sede em Lisboa, a Europol e as autoridades brasileiras, mas a investigação judiciária vai continuar, pode ler-se no comunicado do Ministério Francês da Justiça.

Seis toneladas de cocaína representam no mercado cerca de mil milhões de euros e o precendente recorde remonta a 2006 com 4,2 toneladas de cocaína apreendidas na Martinica.

Todos os dias mais de 4.000 navios transitam no Golfo da Guiné, um sector considerado como um dos mais perigosos do mundo, devido à pirataria e ao banditismo e cuja travessia é considerada "um pesadelo" pelos marinheiros.  

Desde 1990 que a França tem uma permanência naval na zona do Golfo da Guiné, com entre um e dois navios para a missão Corimbo, o que lhe permite contribuir ao aumento da segurança marítima na região, reforçando as capacidades das marinhas costeiras e dos centros da estrutura criada pelo processo de Yaoundé, mas também vigiar a segurança dos cerca de 80.000 cidadãos franceses, que residem nos países da África do Ocidental e Central.

 

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