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Costa do Marfim/Política

Principais protagonistas políticos nas legislativas de Costa do Marfim

Os marfinenses foram neste sábado às urnas para eleger o novo parlamento da Costa do Marfim e tentar apaziguar as tensões que caracterizam a vida política do país da África ocidental, desde a eleição contestada de Alassane Ouattara à um terceiro mandato presidencial. Contrariamente à eleição presidencial, boicotada pela oposição, todas as forças políticas participam nestas legislativas.    

O Presidente Alassane Ouattara espera que o seu partido, RHDP, mantenha a maioria na Assembleia Nacional da Costa do Marfim, depois das eleições legislativas de sábado, 06 de Março de 2021
O Presidente Alassane Ouattara espera que o seu partido, RHDP, mantenha a maioria na Assembleia Nacional da Costa do Marfim, depois das eleições legislativas de sábado, 06 de Março de 2021 Press Service of the Presidency/Handout via REUTERS
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Quatro meses depois da controversa eleição presidencial, a Costa do Marfim foi este sábado às  urnas, para eleger o seu novo parlamento.

Pela primeira vez, em dez anos, o conjunto dos principais protagonistas políticos participa nas eleições legislativas, contrariamente ao  escrutínio presidencial, boicotado pela oposição e marcado por violências que  provocaram a morte  de 87 pessoas e  500 feridos.

Segundo jornalistas presentes, até ao meio-dia de sábado, o escrutínio decorria na normalidade nas cerca de 22.000 mesas de voto, em toda Costa do Marfim. Os 7,4 milhões de eleitores deverão eleger 255 deputados.

O Presidente Alassane Ouattara, espera que o seu partido, União dos Houphouëtistas para a Democracia e a Paz (RHDP) mantenha a maioria absoluta na Assembleia Nacional e  que as tensões políticas sejam enterradas.

Por seu lado,o antigo presidente e líder do Partido Democrático daCosta do Marfim (PDCI), Henri Konan Bédié de 86 anos, apelou a Comissão Eleitoral Independente (CEI)  a  assegurar, que não haja fraudes, nem perturbações.

Candidato em Yopougon, bairro popular de Abidjan, com o maior número de eleitores na Costa do Marfim, Michel Gbagbo da Frente Popular Marfinense (PFI) e filho do ex-presidente Laurent Gbagbo  declarou-se  esperançoso num escrutínio de calma e paz e pediu aos seus partidários para não responder  às provocações. 

O FPI   boicotou  todas as eleições marfinenses desde a prisão, em Abril  de 2011, de Laurent Gbagbo  e a sua transferência para  o Tribunal Penal Internacional de Haia, depois  da  violência pós-eleitoral que resultou na morte de cerca de 3000 pessoas.

Principal força política da coligação Unidos para a Democracia e a Soberania (EDS ) , a Frente Popular Marfinense assinala o seu regresso à vida política do país, através de uma aliança com o seu rival histórico,  Partido  Democrático da Costa do Marfim de Henri Konan Bédié.

PDCI, ex-partido único fundado por  Félix Houphouët-Boigny, primeiro presidente da Costa do Marfim independente, assim como a FPI   de Laurent Gbagbo, actualmente no exílio em Bruxelas à espera de uma decisão final do Tribunal Penal Internacional de Haia, não reconhecem a eleição  de Alassane Ouattara à um terceiro mandato presidencial.

Nas  legislativas  de Dezembro de 2016, o  RHDP de Ouattara, aliado ao PDCI  tinha obtido a maioria absoluta com 167 assentos.

Em  nome da reconciliação nacional, o actual chefe de Estado marfinense declarou  recentemente ser  favorável ao regresso ao país  do seu antecessor, Laurent Gbagbo.

Em declarações à rádio nacional francesa, Michel Gbagbo da Frente Popular Marfinense pronunciou-se  a favor de  uma nova Costa do Marfim., enquanto Alassane Ouattara espera que uma  nova vitória eleitoral do seu partido, União dos Houphouëtistas para a Democracia  e a Paz, lhe permita  prosseguir o seu pacote de reformas.

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Principais protagonistas políticos participam em legistivas na Costa do Marfim 06 03 2021

 

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