Níger: Bazoum e Ousmane na corrida à Presidência
Último dia de campanha eleitoral no Níger. No próximo domingo, 7.5 milhões de eleitores são chamados às urnas para escolherem o novo presidente. Na corrida está Mohamed Bazoum, candidato do partido no poder PNDS, e Mahamane Ousmane, candidato RDR-Tchanji, oposição.
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São dois pesos pesados da política nigerina que este domingo disputam a cadeira da presidência. De um lado, Mohamed Bazoum, candidato do partido no poder e fiel tenente do Presidente cessante Mahamadou Issoufou. Do outro lado, Mahamane Ousmane, o primeiro presidente democraticamente eleito no Níger, em 1993, que tenta desde a sua queda chegar à chefia do Estado.
Desde a independência que o país foi palco de seis actos eleitorais e quatro golpes de Estado.
Ambos candidatos são barões da política nacional, dominada, de resto, por uma elite de homens, que desde há 30 anos fazem e desfazem alianças sempre com o objectivo de se eternizarem no poder.
As presidenciais de domingo não fogem à regra das alianças. Bazou, de 60 anos, ficou em primeira posição na primeira volta com 39.9% da votação. Negociou o apoio contra futuras posições governativas com os terceiro e quarto classificados (Seïni Oumarou e Albadé Abouba).
Mahamane Ousmane, de 71 anos, arrecadou quase 17% dos votos a 27 de Dezembro, e conta agora com o apoio da coligação de adversários "Cap 20-21", do ex-líder da junta Salou Djibo e, essencialmente, com o apoio do feroz opositor do regime Hama Amadou. Este último, impedido de se apresentar às eleições porque em 2017 foi condenado a um ano de prisão num caso de tráfico de bebés, sentença que qualificou de "política".
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