Futebol: Ahmad, Presidente da CAF suspenso 5 anos pela FIFA
A Comissão de ética da FIFA suspendeu por 5 anos o actual Presidente da Confederação Africana de futebol - CAF - por ilícitos financeiros, com uma multa de cerca de 185 mil euros.
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Ahmad foi suspenso por cinco anos pela Comissão de ética da FIFA, organismo que gere o futebol mundial, e terá também de pagar uma multa de cerca de 185 mil euros. A suspensão é efectiva a partir desta segunda-feira, 23 de Novembro, segundo o comunicado da FIFA.
Recorde-se que Ahmad tinha estado sob custódia por suspeitos de corrupção, em Junho de 2019, em Paris.
Há quase quatro anos que Ahmad ocupava o cargo de Presidente da CAF, ele que era candidato à sua própria sucessão, depois da derrota de Issa Hayatou nas eleições de Março de 2017.
Na altura Ahmad prometeu levar a cabo uma verdadeira revolução no futebol do continente africano.
Ahmad, Presidente surpresa acabou suspenso
Nascido a 30 de Dezembro de 1959 em Madagáscar, o homem político, que ocupou o cargo de secretário de Estado do Desporto e ministro das Pescas, foi acusado de violar os artigos 15 (Dever de Lealdade), 20 (Aceitação e Distribuição de prendas ou outras vantagens), 25 (Abuso de Poder), e 28 (Desvio de fundos).
De notar que durante o verão de 2019, o Presidente Ahmad tinha pedido a ajuda da FIFA para supervisionar a organização, fragilizada por várias polémicas e problemas de governação.
A número 2 da FIFA, a senegalesa Fatma Samoura, que defendeu reformas na instância africana, acabou por ser afastada em Fevereiro deste ano.
Em 2019, o antigo Secretário Geral da CAF, Amr Fahmy, falecido desde então, enviou uma carta à FIFA a acusar o Presidente Ahmad de corrupção e de assédio sexual.
O primeiro vice-presidente Constant Omari tem assegurado a liderança interinamente, depois do Presidente Ahmad ter sido hospitalizado em sequência de um teste positivo à Covid-19.
A próxima eleição para a Presidência da CAF decorre a 12 de Março de 2021, em Marrocos. Na corrida à liderança da CAF estão agora quatro candidatos: o senegalês Augustin Senghor, o mauritaniano Ahmed Yahya, o marfinense Jacques Anouma e o sul-africano Patrice Motsepe.
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