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Costa do Marfim/política

Confrontos e apelo ao diálogo em período pós-eleitoral na Costa de Marfim

Um dia depois da proclamação da vitória de Alassane Ouattara na eleição presidencial de 31 de Outubro,regista-se uma escalada da  tensão na Costa do Marfim. Novos confrontos ocorreram em várias regiões do país e  os  líderes  da oposição, que tinha boicotado o escrutínio de sabádo, estão sob prisão domiciliária. A violência pós-eleitoral  na Costa do Marfim, já provocou até a data a morte de 13 pessoas. A França apelou a pôr termo aos confrontos.     

A polícia  bloqueio a  entrada  a residência do líder da oposição e  antigo presidente Henri Konan Bédié.Abidjan.03 de Novembro de 2020;
A polícia bloqueio a entrada a residência do líder da oposição e antigo presidente Henri Konan Bédié.Abidjan.03 de Novembro de 2020; RFI/Benjamin Avayou
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Depois da proclamação da vitória eleitoral de  Alassane Ouattara, com mais  de 94% dos sufrágios, impasse político e escalada da tensão, pontuada por mais  de uma dezena de mortos,  caracterizam a situação na Costa do Marfim.

Mais duas pessoas morreram  em  confrontos na cidade de Toumodi, no centro, próximo de Yamoussoukro, capital do país, não obstante  os  apelos à  calma lançados  pela  comunidade internacional.

Segundo Mamadou Touré porta-voz  do partido no  poder, as  duas pessoas mortas  em Toumodi, eram jovens próximos  de  Amédé Koffi Kouakou, ministro do Equipamento.

Touré, que  também é ministro da Juventude, informou que uma coluna em que seguia o ministro da Comunicação  e porta-voz do governo, Sidi Tiemoko Touré, foi  atacada por atiradores entre Beoumi e Bouaké, no centro da Costa do Marfim, mas que não houve  feridos.      

Os principais  dirigentes da oposição, nomeadamente o antigo presidente Henri Konan Bedié e o  ex-primeiro-ministro  Pascal Affi N'guessan, que contestam a reeleição do presidente cessante e criaram  um "Conselho  Nacional  de Transição", permanecem sob prisão domiciliária.

O  Conselho Constitucional  da Costa do Marfim deve pronunciar-se  sobre a  validade  ou  não da  reeleição de Alassane Ouattara, que a oposição considera inconstitucional.  

Na quarta-feira, a França lançou um apelo para que os protagonistas da crise política marfinense, ponham fim  às provocações e aos actos de intimidação.

O  secretário-geral  da ONU, António Guterres  exortou os dirigentes da Costa do Marfim a encetar um diálogo  construtivo e  inclusivo, com vista à um desfecho para a crise actual, bem como  a respeitarem a ordem constitucional do país e os princípios do Estado de direito.

Fontes diplomáticas na Costa do Marfim informaram que as chancelarias ocidentais e africanas aconselharam a oposição a  não insistir na ideia de um governo de transição e ao presidente Ouattara de optar pelo apaziguamento em vez da repressão.

Receia-se que,  dez anos depois da crise pós-eleitoral que resultou na morte de 3000 pessoas, após o então presidente Laurent Gbagbo ter recusado aceitar a vitória de Alassane Ouattara na eleição presidencial,  a Costa do Marfim volte a mergulhar numa nova crise profunda, que ponha em causa a coesão do país da África ocidental.

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Confrontos e mortes no período pós-eleitoral da Costa de Marfim

 

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