Argélia aprova reforma da Constituição com abstenção histórica
As autoridades argelinas indicaram, esta segunda-feira, que 66,8% dos eleitores se pronunciaram a favor da reforma da Constituição, um referendo que fica marcado por uma taxa de abstenção histórica.
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A reforma da Constituição foi aprovada na Argélia. De acordo com os resultados das autoridades argelinas, 66,8% dos eleitores pronunciaram-se a favor da modificação da constituição do país.
O não recolheu 33,20% dos votos, anunciou Mohamed Charfi, presidente da Autoridade Nacional Independente das Eleições, durante uma conferência de imprensa onde felicitou aquilo que diz ser «uma etapa essencial pata a construção de uma nova Argélia».
A taxa de participação foi de 23,7%, a menor alguma vez registada na história do país.
A revisão da Constituição pretende fundar uma «nova República» e responder às aspirações do movimento de protestação inédito Hirak, que pede o «desmantelamento do sistema» político que vigora no país.
A reforma limita o número de mandatos presidências e amplia as prerrogativas do Parlamento e da Justiça e autoriza o exército a intervir no estrangeiro.
Este referendo foi boicotado pelos militantes do Hirak que defende que esta reforma não responde às reivindicações do movimento criado em 2019. O movimento reclama uma mudança da elite política no poder desde a independência, o fim da ingerência do exército na vida pública e a erradicação da corrupção.
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