Chefes de Estado do G5 Sahel e França fazem ponto de situação
Em Nouakchott, na Mauritânia, estão reunidos os chefes de Estado do G5-Sahel, para debater a situação na região afectada pela violência armada. Além dos Presidentes da Mauritânia, Mali, Níger, Chade e Burkina Faso, participa na cimeira o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, bem como o Primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez. O chefe de Estado francês,realçou nomeadamente e importância de restabelecer e consolidar a ordem do Estado nos países do Sahel.
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Seis meses depois da sua reunião em Pau, no sudoeste da França, os Presidentes dos cinco países do Sahel e da França participam numa cimeira em Nouakchott, capital da Mauritânia, para fazer o ponto da situação, na sequência de uma série de reveses dos exércitos locais frente aos grupos jiadistas que operam na região.
Todavia Emmanuel Macron realçou também o facto de que uma melhor coordenação ,entre as forças dos exércitos do Sahel e as suas homólogas francesas, tem contribuído para uma maior eficácia da luta contra o grupos jihadistas, activos no países do Sahel
O encontro de um dia, com em pano de fundo a pandemia de Covid-19 que quase o impossibilitou, tem como objectivo também abordar medidas destinadas à consolidar o Estado na região saheliana, como o sublinhou pela ocasião o Presidente Emmanuel Macron.
Emmanuel Macron, presidente francês
"Nós vamos fazer o ponto da situação sobre a evolução das medidas, que tínhamos decidido em Pau,no que diz respeito à luta contra o terrorismo, à consolidação dos exércitos do Sahel, ao restabelecimento do Estado em todo o Sahel e também no capítulo do desenvolvimento e dos projectos concretos que nós tencionamos realizar no âmbito da "Aliança Para o Sahel".
Nos últimos seis meses nós registamos verdadeiros êxitos na luta contra o terrorismo, ao neutralizar temíveis chefes terroristas,acções que foram sangrentas para toda a região e que afectaram muito as populações civis... porque nós conseguimos melhorar a nossa organização em matéria de segurança e de partilha de informações, porque se registou uma maior eficácia das operações das forças sahelianas.
Os equipamentos foram igualmente entregues e o empenho demonstrado.
Nós devemos fazer mais esforços para o restabelecimento do Estado. Em muitas regiões é importante que a consolidação da presença do Estado seja mantida. Penso particularmente no que se deve fazer no respeitante ao Mali e ao Burkina Faso, num contexto muito complicado".
(Presidente Emmanuel Macron)
Os especialistas do Sahel continuam a não partilhar o optimismo do chefe de Estado francês, considerando que o cenário é sombrio.Eles consideram que sem uma evolução das questões extra-militares, como a reconstrução e a reconciliação civil, não haverá um verdadeiro progresso e paz na região afectada pelo jihadismo.
A França tem como objectivo, aumentar o número de parceiros empenhados na luta anti-jihadista no Sahel.
Para além do Presidente Emmanuel Macron e os seus homólogos do G5 Sahel, participaram na cimeira, de um dia, os representantes da União Africana, ONU, Francofonia, União Europeia, bem como por videoconferência , os chefes de governo, espanhol,italiano e alemão, respectivamente Pedro Sanchèz, Giuseppe Conte e Angela Merkel.
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