Garimpeiros morrem soterrados numa mina de Manica em Moçambique
Em Moçambique, dez garimpeiros, entre os quais nove moçambicanos e um zimbabuéano, morreram soterrados no desabamento de uma mina de ouro clandestina, no distrito de Manica, no centro do país. A governadora de Manica, Francisca Tomás, apelou aos jovens para não arriscarem as vidas nas minas.
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Uma mina de ouro desabou e matou segundo números até aqui contabilizados 10 garimpeiros em Mutsindza na província de Manica no centro de Moçambique. O caso deu-se na noite de quinta-feira e cujo número de pessoas soterradas é ainda desconhecido.
A governadora de Manica, Francisca Tomás que visitou o local da tragédia, às famílias enlutadas endereçou palavras de conforto e à juventude de desencorajamento.
"Quero dizer que estamos juntos neste sofrimento, porque estes mortos criaram um vazio nas suas famílias.
"Em segundo lugar, apelar a todos jovens, a toda população para não se fazerem em locais como estes que provocam riscos de vida aos nossos cidadãos. Estamos muito tristes com esta situação mas vamos continuar a trabalhar com as nossas lideranças, com a nossa população para mobilizar para que isso não possa acontecer”
Numa primeira avaliação, a direcção dos recursos minerais e energia aponta fragilidades no sistema de segurança da mina da empresa australiana Explorator, situação aproveitada pelos garimpeiros ilegais para se introduzirem durante a noite de quinta-feira na mina de ouro. Entre os mortos está um cidadão do Zimbabwe.
De Maputo, a reportagem do nosso correspondente, Orfeu Lisboa.
Orfeu Lisboa, correspondente, em Maputo
Entretanto, sobre este mesmo assunto, na África do Sul, nove garimpeiros clandestinos, oriundos do Lesoto, foram lapidados até à morte ontem, na periferia de Joanesburgo, por um grupo de garimpeiros rivais.
O anúncio foi feito pela polícia que falou em "crime bárbaro". Uma pessoa está gravemente ferida e foi transportada para o hospital. As forças de segurança estão à procura dos autores do crime e hoje interrogaram quase 90 pessoas.
De acordo com a comissão sul-africana dos direitos humanos, entre 8 mil e 30 mil garimpeiros clandestinos trabalham no país, arriscando a vida em minas sem segurança e enfrentando cada vez mais o perigo dos gangues de garimpeiros.
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