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Moçambique

Moçambique: PR afirma que defesa do país incumbe aos moçambicanos

As tropas da SADC, a comunidade regional, estão a retirar-se de Cabo Delgado, processo que deve ficar concluído a 15 de Julho. No terreno, no norte do país, ficam apenas as tropas do Ruanda e o exército nacional. Filipe Nyusi, ouvido pela agência Lusa em Washington, recusou confirmar se as tropas ruandesas iriam a prazo estender a sua acção na província. 

Apesar de alguma aparente acalmia, o ano de 2024 chegou com uma nova onda de ataques na província de Cabo Delgado.
Apesar de alguma aparente acalmia, o ano de 2024 chegou com uma nova onda de ataques na província de Cabo Delgado. AP - Marc Hoogsteyns
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Numa altura em que as tropas da missão militar dos países da Africa Austral se retiram de Cabo Delgado, em Moçambique, o chefe de Estado Filip Nyusi vincou que compete, sobretudo, às tropas nacionais a estabilização do país

O grande responsável pela defesa de Moçambique somos nós, os moçambicanos. Os nossos amigos vão nos ajudar. Eu tenho dito que agora estamos numa fase de capacitação, de construção de resistência, estabilização do país depois da recuperação das zonas.

(Filip Nyusi, Presidente da República de Moçambique)

Em declarações aos jornalistas, recolhidas pela agência Lusa, no fim de uma visita a Washington sobre a situação em Cabo Delgado, província palco de ataques terroristas nos últimos seis anos, Nyusi considerou que as condições actuais da guerra contra os rebeldes em Cabo Delgado justificam a saída daquela missão militar. O Governo moçambicano já tinha assumido este facto a 26 de Março. 

As coisas mudam e estamos na fase de assistência humanitária. Há pessoas que estão deslocadas, outras que estão limitadas em termos de apoio ou porque as vias de acesso estão bloqueadas. Mas também estamos na fase de reconstrução daquelas zonas destruídas. São as preocupações que estamos a discutir e que levei junto ao Banco Mundial, explicando que o nosso país está nesta fase. 

A SAMIM (missão da SADC que combate o terrorismo em Cabo Delgado) mobilizada no terreno desde 2021, deve retirar-se até meados de Julho. A missão compreende tropas de oito países contribuintes da SADC, o contingente do Botsuana já começou a retirar-se a 5 de Abril.

O Ruanda admitiu a possibilidade de reforçar o actual contingente com mais de 2 000 homens, o que a oposição moçambicana tem vindo a criticar, alegando que essa presença militar não foi discutida no parlamento. 

Sobre o assunto, Filip Nyusi não quis avançar detalhes. O chefe de Estado apenas garantiu que Moçambique se encontra na fase de capacitação das Forças de Defesa e Segurança nacional.  

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