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Angola

Unita diz que foi alvo de ataque que atribui ao MPLA no Cuando Cubango

Esta sexta-feira, um ataque à caravana de deputados da UNITA na província do Cuando Cubango, região leste de Angola, e que este partido atribui a militantes do MPLA no poder, terá provocado nove feridos, dos quais cinco graves. A polícia nacional confirma a ocorrência do ataque mas desmente o número de vítimas avançado pela UNITA e realça que não recebeu nenhuma solicitação do partido do galo negro para escoltar a caravana de parlamentares.

Alguns deputados da UNITA em visita de campo nesta quarta-feira, 10 de Abril de 2024, nos mercados dos Congoleses e São Paulo, em Luanda, no âmbito das jornadas parlamentares. (Foto de ilustração)
Alguns deputados da UNITA em visita de campo nesta quarta-feira, 10 de Abril de 2024, nos mercados dos Congoleses e São Paulo, em Luanda, no âmbito das jornadas parlamentares. (Foto de ilustração) © rfi/Francisco Paulo
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Os deputados da UNITA, que se desdobram em jornadas parlamentares, foram atacados ontem à tarde, na localidade do Cuito Cuanavale, na província do Cuando Cubango. Depois de num primeiro tempo ter dado conta de um morto e seis feridos, a Unita alterou o balanço de vítimas e passou a falar em nove feridos, dos quais cinco graves, numa ocorrência que atribuiu a militantes do partido no poder, o MPLA. Liberty Chiyaka, líder parlamentar da UNITA, qualificou esta situação de  "grave".

“Este acto vem consumar toda a estratégia que tinha sido montada pelo regime para inviabilizar a realização das jornadas parlamentares em todas as províncias do país", lamentou o político Liberty Chiayaka.

Entretanto, a Polícia Nacional no Cuando Cubango, em comunicado, anunciou estar a trabalhar na identificação dos autores do ataque à caravana do grupo de deputados da UNITA e revelou que não recebeu qualquer solicitação de escolta, para a segurança da caravana.

Num texto distribuído à imprensa, o Comando Provincial da Polícia Nacional do Cuando Cubango afirma que houve quatro feridos e não nove, contrariamente ao que afirma a UNITA.

Ao especificar que o ataque foi protagonizado por cidadãos locais que “arremessaram objectos contundentes” contra as viaturas, as autoridades afirmam em comunicado que “os órgãos de Polícia estão a trabalhar arduamente no sentido de identificar os seus autores, a fim de serem responsabilizados criminalmente, ressalvando que a Polícia não recebeu qualquer solicitação de escolta, para o asseguramento a caravana. Constatou-se que houve quatro feridos, um dos quais foi socorrido pelas forças policiais para o Posto Médico comunal e reforçaram-se as medidas operacionais com as forças da Unidade de Reacção e Patrulhamento para a reposição da ordem”.

Na sua comunicação, o comando provincial remata ainda com um apelo aos partidos “no sentido de colaborarem com as autoridades, sempre que realizarem actos de massas” no sentido de a polícia nacional possa garantir a sua segurança.

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