Colaborador da MSF morto num ataque em Cabo Delgado

A organização não-governamental Médicos Sem Fronteira lamentou esta segunda-feira, 8 de Janeiro, a morte de um colaborador durante um ataque de rebeldes, no distrito de Mocímboa da Praia, província moçambicana de Cabo Delgado.

A organização não-governamental Médicos Sem Fronteira lamentou esta segunda-feira, 8 de Janeiro, a morte de um colaborador durante um ataque de rebeldes, no distrito de Mocímboa da Praia, província moçambicana de Cabo Delgado. AFP - CAMILLE LAFFONT

Numa nota divulgada à imprensa, a coordenadora de emergências da Médicos Sem Fronteira, Marta Cazorla, diz que a ONG “está de luto e muito triste com a perda do nosso colega”.

Em 2023, outro trabalhador da ONG Médicos Sem Fronteiras foi morto durante um ataque enquanto viajava num transporte público no distrito de Macomia.

De acordo com a agência de notícias Lusa, o ataque teve lugar na sexta-feira passada, 5 de Janeiro, na comunidade de Chimbanga, a menos de 50 quilómetros da sede distrital, na vila de Mocimboa da Praia, tendo feito três vítimas mortais.

A Lusa avança ainda que para além deste ataque, outro grupo de terroristas, com recurso a canoas, chegou na quinta-feira à ilha de Tembuze, onde terá aterrorizado pescadores e saqueado produtos de comércio e outros bens da população

Há mais de seis anos que a  província de Cabo Delgado enfrenta um levantamento armado com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico. A instabilidade levou a uma resposta militar desde Julho de 2021, com apoio das forças do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, acção que libertou distritos junto aos projectos de gás.

Segundo o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, o conflito em Cabo Delgado já fez mais de um milhão de deslocados e cerca de 4.000 mortos.