Tensão ao rubro em São Tomé e Príncipe
São Tomé e Príncipe continua a aguardar por resultados definitivos das eleições legislativas de domingo passado.
Publicado a: Modificado a:
O anúncio dos resultados provisórios dando a ADI na frente, mas sem maioria absoluta, esteve na origem de uma acesa controvérsia entre os partidos que disputavam o escrutínio, esgrimindo uns e outros as suas alianças para assumir o poder. Como reagem os são-tomenses ?
Reportagem de Liliana Henriques, enviada especial a São Tomé e Príncipe
Centenas de simpatizantes do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), o segundo partido mais votado nas legislativas de domingo concentraram-se na segunda-feira em frente à comissão eleitoral distrital de Água Grande, contestando uma alegada recontagem de votos das eleições da véspera, que diziam ser contrária à lei.
Esta quinta-feira, a juíza Natacha Amado Vaz pediu o seu afastamento do cargo, por falta de solidariedade da Comissão Eleitoral e do Tribunal Constitucional depois dos tumultos de segunda-feira.
Durante o processo de apuramento de votos nulos e brancos, a presidente da mesa de apuramento de votos do distrito de Água Grande, foi acusada pelo representante da oposição de procurar favorecer o partido vencedor das eleições legislativas de domingo, o ADI, partido no poder.
Para amanha estava convocada uma marcha do ADI. Patrice Trovoada, primeiro-ministro cessante e líder da ADI, afirmou à rfi que vai provavelmente proibir a marcha de amanhã convocada pela sua força política.
Patrice Trovoada, primeiro-ministro cessante e líder da ADI
Jorge Bom Jesus, o líder do MLSTP, considera que é uma decisão acertada a proibição pela polícia da marcha agendada para amanhã pela ADI. O líder do MLSTP alega ainda que se lhe tentarem roubar a vitória entre quatro paredes então aí vão descer à rua.
Jorge Bom Jesus, líder do MLSTP
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro